Repercussão de queimadas em SP faz bancada ambientalista querer ressuscitar propostas que já tramitavam
Representantes das bancadas ambientalistas no Congresso tentam usar a repercussão sobre incêndios registrados em São Paulo neste fim de semana para emplacar projetos pró-meio-ambiente.
O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, Nilto Tatto (PT-SP), vai propor aos líderes da Câmara que votem duas propostas que já tramitam na Casa:
- PL 2.334 de 2024 – cria regras para a conservação, proteção e restauração do Pantanal;
- PL 5.014 de 2020 – proíbe por 20 anos que o agro use terras ilegalmente desmatadas ou queimadas.
Já a presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Leila Barros (PDT-DF), espera uma orientação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre quais medidas poderiam partir do colegiado.
A senadora procurou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para tratar do tema. Ela tentará usar a cerimônia com medalhistas olímpicos no Planalto na tarde desta 2ª feira (26.ago) para propor medidas.
INCÊNDIO EM SÃO PAULO
A Defesa Civil de São Paulo colocou 48 cidades em alerta máximo para queimadas. Nesta 2ª feira (26.ago), não há mais focos de incêndio ativos no Estado, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência) da Defesa Civil. A baixa umidade do ar e uma onda de calor, porém, intensificam o risco de novos focos.
A qualidade do ar em São Paulo despencou, com o céu da capital adquirindo uma coloração avermelhada no fim da tarde de 6ª feira (23.ago), um fenômeno óptico provocado pela refração de raios solares na poeira e fuligem dos incêndios.
O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) criou um gabinete de crise para gerenciar ações de monitoramento e controle da situação.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse no sábado (24.ago.2024) que o governo está disposto a ajudar o Governo de São Paulo a amenizar a situação dos municípios que estão em alerta máximo.