Um tribunal estadual da Geórgia desqualificou, nesta quinta-feira 19, a promotora distrital que está processando o magnata republicano Donald Trump por interferência nas eleições, mas rejeitou a proposta do presidente eleito de arquivar o caso.
O Tribunal de Apelações da Geórgia afastou do caso a promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, mencionando a “impropriedade” de um relacionamento íntimo que ela teve com o homem que contratou para atuar como promotor especial no caso.
No início deste ano, um juiz de primeira instância determinou que Willis poderia permanecer no caso, mas o tribunal de recursos discordou dessa decisão.
“Depois de analisar cuidadosamente as conclusões do tribunal de primeira instância em seu despacho, concluímos que ele errou ao não desqualificar a promotora Willis e seu escritório”, disse o painel de três juízes do tribunal de recursos.
“Embora reconheçamos que uma aparência de impropriedade geralmente não é suficiente para apoiar a desqualificação, este é o caso raro em que a desqualificação é obrigatória e nenhum outro remédio será suficiente para restaurar a confiança na integridade desses procedimentos”, afirmaram os magistrados em sua justificativa.
Trump foi acusado de associação criminosa por tentativas de adulterar os resultados da eleição presidencial de 2020 na Geórgia.
No entanto, o caso ficou parado por meses e provavelmente será congelado de acordo com a política do Departamento de Justiça de não processar um presidente em exercício.
Willis pode recorrer de sua desqualificação junto à Suprema Corte da Geórgia.
Em vez disso, o tribunal rejeitou uma moção de Trump para arquivar toda a acusação.
Esse caso da Geórgia é o único processo criminal restante que Trump enfrenta enquanto se prepara para retornar à Casa Branca em 20 de janeiro.