Taxa de desocupação foi registrada no trimestre encerrado em novembro; Brasil tem 6,8 milhões de desempregados
A taxa de desemprego do Brasil foi de 6,1% no trimestre encerrado em novembro. É o menor nível de desocupação do país na série histórica, iniciada em 2012. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 6ª feira (27.dez.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 642 kB).
Segundo o instituto, a taxa de desemprego caiu em relação ao trimestre anterior (de junho a agosto), quando foi de 6,6%. Em relação ao mesmo período do ano passado (7,5%), recuou 1,4 ponto percentual. Em números absolutos, o Brasil tinha 6,8 pessoas que procuravam empregos no trimestre de setembro a novembro. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
A população desocupada caiu 7,0% em comparação com o trimestre anterior, o que representa uma diminuição de 510 mil pessoas. Em 1 ano, o número de desempregados recuou 17,5%, ou 1,4 milhão de brasileiros.
Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que divulga mensalmente os dados do mercado de trabalho.
RECORDE EM EMPREGADOS
O Brasil teve 103,9 milhões de pessoas empregadas no trimestre encerrado em novembro. Esse número é recorde na série histórica, iniciada em 2012. Subiu 1,4% (mais 1,4 milhão de brasileiros) em relação ao trimestre de junho, julho e agosto. Em 1 ano, a alta foi de 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas).
O nível de ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar– subiu para 58,8%, também em patamar recorde. Aumentou 0,7 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior e 1,4 ponto percentual ante o mesmo trimestre de 2023.
O número de empregados no setor privado também foi recorde: 53,5 milhões. Foram 39,1 milhões com carteira assinada (exceto trabalhadores domésticos), o maior número da série histórica. A quantidade de empregos formais subiu 1,3% no trimestre (mais 496 mil pessoas) e 3,7% em 1 ano (mais 1,4 milhão).
Já o número de empregos sem carteira de trabalho totalizou 14,4 milhões no trimestre encerrado em novembro. Ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 7,1% (mais 959 mil pessoas) em 1 ano.
A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada. São 40,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre encerrado em agosto, a taxa era de 38,8% (39,8 milhões). Há 1 ano, era de 39,2% (39,4 milhões).
SUBUTILIZAÇÃO
A taxa de subutilização foi de 15,2% no trimestre encerrado em novembro e foi a menor para o período desde dezembro de 2014. Houve queda de 0,7 p.p ante o trimestre anterior e de 2,1 p.p em 1 ano.
Há 17,8 milhões de pessoas subutilizadas, o que é o menor número desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015. A quantidade caiu 3,9% (menos 725 mil) no trimestre e 11,0% (2,2 milhões a menos) em 1 ano. O subutilizado é aquele que está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo que esteja disponível para trabalhar.
A população desalentada –que deixa de procurar emprego por não acreditar que conseguirá– foi de 3,0 milhões, registrando o menor nível desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões). O número ficou estável no trimestre. Caiu 10,3% em 1 ano (menos 349 mil pessoas).
RENDIMENTO
O rendimento real habitual de todos os trabalhos somou R$ 3.285 no trimestre encerrado em novembro. O valor ficou estável em comparação com o trimestre anterior, encerrado em agosto. Em comparação com o mesmo trimestre de 2023, cresceu 3,4%.
A massa de rendimento real habitual totalizou R$ 332,7 bilhões. O valor é recorde na série histórica. Subiu 2,1% (mais R$ 7,1 bilhões) no trimestre e 7,2% (mais R$ 22,5 bilhões) em 1 ano.