Brasil tem 7,3 milhões de pessoas desocupadas; IBGE divulgou os dados nesta 6ª feira (27.set.2024)
A taxa de desemprego do Brasil atingiu 6,6% no trimestre terminado em agosto. O país tem 7,3 milhões de pessoas desocupadas. Trata-se do menor nível de desocupação para o mês na série histórica, iniciada em 2012.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta 6ª feira (27.set.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 641 kB).
A taxa de desemprego recuou 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2023 (7,8%). Em comparação ao trimestre anterior, de março a maio, a taxa apresentou queda de 0,5 ponto percentual.
DESOCUPAÇÃO
A desocupação atingiu 7,3 milhões de pessoas, queda de 13,4% em 1 ano. Segundo o IBGE, foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
No período, a população ocupada atingiu 102,5 milhões. O resultado também alcançou um novo recorde na série histórica. O número de ocupados subiu 1,2% em comparação aos 3 meses anteriores, o que corresponde a 1,2 milhão de pessoas a mais. Em 1 ano, subiu 2,9% (2,9 milhões de pessoas).
O nível de ocupação –que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar– foi de 58,1%. Cresceu 0,6 ponto percentual no trimestre e subiu 1,2 ponto percentual em 12 meses. Foi o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em agosto desde 2013.
Os números integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que divulga mensalmente os dados do mercado de trabalho.
SUBUTILIZAÇÃO
A taxa de subutilização do Brasil recuou 0,9 ponto percentual no trimestre e foi de 16%. Também foi a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto desde 2014. É considerado subutilizado quem está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar.
Em relação ao mesmo período do ano passado, a taxa de subutilização caiu 1,7 ponto percentual.
No trimestre de junho a agosto, o Brasil tinha 18,5 milhões de pessoas subutilizadas, o menor número desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015 (18,2 milhões). A população subutilizada recuou 4,7% no trimestre, o que corresponde a 919 mil brasileiros), e 8,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior (1,7 milhão de pessoas).
Dentro do grupo de subutilizados há os desalentados, que são aqueles que não procuraram emprego porque não acreditam que vão conseguir. O Brasil tinha 3,1 milhões de pessoas nesta situação no trimestre. A taxa representa o menor contingente desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (3 milhões).
MERCADO DE TRABALHO
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) marcou 38,6 milhões. Subiu 0,8% (317 mil pessoas) no trimestre e 3,8% (1,4 milhão de pessoas) em 1 ano.
O número de empregados sem carteira no setor privado atingiu 14,2 milhões. Subiu 4,1% (565 mil pessoas) no trimestre. Em 1 ano, cresceu 7,9% (1 milhão de pessoas).
O número de trabalhadores por conta própria somou 25,4 milhões e o de trabalhadores domésticos, 5,8 milhões. As duas métricas permaneceram estáveis na comparação com o trimestre anterior e o mesmo período de 2023.
A quantidade de empregados no setor público cresceu 1,8% (221 mil pessoas) no trimestre. Somou 12,7 milhões de brasileiros no período. Em 1 ano, cresceu 4,3% (523 mil pessoas).
A taxa de informalidade foi de 38,8% da população ocupada (ou 39,8 milhões de trabalhadores informais). Era 38,6% no trimestre encerrado em maio e 39,1% no mesmo trimestre de 2023.
RENDIMENTO
O rendimento real habitual de todos os trabalhos ficou estável no trimestre, com R$ 3.228. Em 1 ano, avançou 5,1%.
A massa de rendimento real habitual (R$ 326,2 bilhões) subiu 1,7% no trimestre e 8,3% em 1 ano.