Doença de Newcastle em frango “foi caso isolado”, diz associação

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, a entrada de pombo em aviário contaminou só uma ave

O presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, afirmou nesta 2ª feira (22.jul.2024) que só um frango foi contaminado com a Doença de Newcastle e que testes realizados ao longo do final de semana não indicam contágio a outras aves. Ao Poder360, declarou que a retomada das exportações de aviários fora do Rio Grande do Sul deve ser feita “em breve”.

O vírus foi identificado em um aviário gaúcho na 5ª feira (18.jul). No dia seguinte, o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) reviu a certificação para exportações de carnes de aves e seus produtos. A restrição varia de acordo com os mercados, mas afeta as vendas para 44 países. Para a China, Argentina, Peru e México, a suspensão vale para produtos de todo o Brasil. Leia a íntegra da circular que determinou a suspensão (PDF – 401 kB).

Santin afirmou que a contaminação se deu porque o teto de um aviário localizado no município de Anta Gorda (RS) foi danificado e um pombo transmitiu a doença para 1 dos 14.000 frangos que estavam no ambiente. “É um vírus do pombo. Caiu um pedaço do telhado no aviário, entrou um pombo e contaminou a ave, foram abatidas algumas aves por causa do protocolo, mas elas estavam saudáveis”, disse.

O presidente da associação elogiou a rapidez do Mapa para frear a venda de carnes e produtos de ave ao exterior e disse que nestes casos é mais importante assegurar a segurança aos consumidores. Santin afirmou que 82 propriedades em um raio de 3 km já foram visitadas e que, até o momento, não houve novos registros da doença.

“Se fez um círculo de 3 km com visitas diárias para ver se há comportamentos condizentes com sintomas da doença e até agora não teve nada. Está tendendo para ser um caso isolado”, disse.

Santin disse que se reuniu com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta 2ª feira (22.jul), e que, embora ainda não haja previsão para a volta das exportações, os procedimentos tomados pelo governo indicam que devem ser “em breve”.

CHINA

Apesar de minimizar os impactos da suspensão, a restrição das vendas para a China podem abrir espaço para que o país asiático –maior consumidor da carne de aves brasileiras– estudem alternativas dentro de seu mercado interno para contornar a suspensão.

Segundo o Global Times, a indústria chinesa estima que as consequências da restrição podem ser mais positivas ao país do que negativas.

Isso porque é uma oportunidade do mercado doméstico de aves se fortalecer enquanto o Brasil continua impedido de vender sua produção para a China.

O clima no país asiático é que a suspensão dos produtos avícolas brasileiros terá impactos negativos mínimos no mercado chinês e pode ajudar a reforçar o fornecimento de produtos caseiros alternativos, aquecendo o mercado interno enquanto espera a retomada das exportações brasileiras.

Fonte: Poder 360

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