Investidores estrangeiros colocaram R$ 7 bilhões na Bolsa neste mês até 4ª feira (21.ago), último dado disponível
O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou aos 135.608 pontos nesta 6ª feira (23.ago.2024). Registrou alta de 0,32% no último pregão. Na semana, avançou 1,24%. Já o dólar comercial fechou a R$ 5,48, com alta de 1,97%. Na semana, avançou 0,20%.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou com alta de 1,14% nesta 6ª feira. O S&P 500 avançou 1,15%.
Usado para medir a confiança na economia, o risco-país, ou CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, registrou 146 pontos nesta 6ª feira (23.ago). Há 1 ano (23.ago.2023), registrava 185.
Leia no gráfico abaixo a trajetória do risco Brasil desde 2018:
Os investidores estrangeiros colocaram R$ 7,0 bilhões na Bolsa neste mês até 4ª feira (21.ago), último dado disponível. No ano, o saldo está negativo em R$ 29,5 bilhões. Quando se consideram as ofertas primárias (IPOs) e secundárias (follow-ons), o resultado fica negativo em R$ 24,5 bilhões.
Nesta 6ª feira (23.ago.2024), o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central do país), Jerome Powell, disse durante que “está na hora” de ajustar a política monetária. Declarou ser preciso monitorar o comportamento de indicadores econômicos.
A taxa básica de juros norte-americana está no intervalo de 5,25% a 5,50% há 8 reuniões. O patamar é considerado alto, especialmente para os padrões dos EUA.
OTIMISMO INTERNACIONAL
O impacto dos juros altos na cotação do dólar se explica porque alíquotas mais altas em países desenvolvidos tornam os treasuries dessas nações atrativos aos investidores. Assim, há um fortalecimento da moeda em relação a outras nações. Quando se dá o contrário, há enfraquecimento.
Com a divulgação de indicadores econômicos que sinalizam uma desaceleração dos Estados Unidos, o mercado já precifica que haverá redução nos juros já no encontro da autoridade monetária em setembro para aquecer a economia.
Os indicadores de emprego abaixo do esperado são os que mais preocupam o mercado como um indício de recessão. A revisão dos dados de criação de postos para baixo fortaleceram o temor.
A recessão é um período de declínio econômico. Caracteriza-se por desempenhos ruins nos principais indicadores –como PIB (Produto Interno Bruto), criação de empregos e renda familiar.
Alíquotas de juros baixas tornam os empréstimos mais baratos. Consequentemente, empresas e consumidores tendem a tomar mais crédito para expandir e gastar –o que aquece a economia. Essa é a justificativa para um afrouxamento da política monetária do Federal Reserve.
Um declínio econômico nos Estados Unidos tem potencial de afetar todo o mundo, inclusive o Brasil. A economia norte-americana tem a maior influência no cenário internacional, inclusive com a predominância do dólar.