Em boa fase, Rodriguinho relembra perrengues financeiros: “Soube me reinventar”

O cantor Rodriguinho, de 46 anos, está vivendo uma boa fase profissional. Cinco meses após deixar a casa mais vigiada do Brasil, ele está divulgando seu DVD, Rodriguinho no Game. O projeto foi gravado em São Paulo, na quadra da NBA, antes de ele entrar no Big Brother Brasil 24.

Ao longo das faixas, Rodriguinho compartilha os vocais com grandes nomes da música, como Thiaguinho, Luciana Mello, Léo Santana, Péricles, Cabal, Dodô do Pixote, Leiz da Turma do Pagode, Delacruz, Pregador Luo e seus filhos Gaab, Jaden e Mr. Dan. Um nome que surpreendeu foi o de Belo, seu rival no passado.

“É uma parceria que os fãs pedem há 20 anos. Eu e o Belo temos uma história engraçada. A gente não se dava. Na nossa época de sucesso, ele no Soweto e eu com os Travessos, a gente não conversava, não se dava bem. Precisou chegar o Thiaguinho, que é fã de nós dois, e fazer a gente voltar a se falar. Depois disso, somos amigos até hoje. É uma parceria que nunca aconteceu e foi fantástico, porque ninguém nunca me viu cantando com o Belo até então”, diz Rodriguinho, em entrevista exclusiva ao Terra.

O motivo da briga, o cantor prefere não detalhar, mas chama de “palhaçada de moleque” com mulher envolvida. Hoje em dia, a amizade é tão próxima que ele tem um grupo no WhatsApp com Belo e Thiaguinho para falar de tudo, de bobagens cotidianas a trabalho.

“[A gente fala] de tudo, tira sarro um do outro… hoje, por exemplo, eu fiz uma postagem com esse cabelo azul, com certeza, se eu for no grupo e olhar eles vão estar me zoando. É esse tipo de brincadeira. A gente conversa também quando acontece alguma coisa no ramo do pagode. É um grupo de fofoca”, acrescenta.

‘Tive problemas financeiros, mas soube me reinventar’

Além da parceria com Belo, Rodriguinho também colabora com três de seus quatro filhos no DVD: Gaab, Jaden e Mr. Dan. O trabalho em família, para ele, é um exercício terapêutico da paternidade. Muitas vezes a convivência gera um conflito ou outro, mas não é nada que ele já não esteja acostumado.

“Embora as pessoas pensem que é mais fácil trabalhar com a família, não é. Facilita de um lado, porque você se sente mais em casa, tem mais suporte para trabalhar. Mas se tem algum problema, não tem como fugir da pessoa, ela mora com você”, pondera ele, que relembrou o desentimento que teve com Gaab pouco antes de entrar no BBB24.

“Embora ele seja meu filho, ele também é um artista e quando a gente não concorda com alguma coisa de trabalho, eu tenho que ficar frio, esquecer que sou pai dele. Se a gente ultrapassa esse limite, acaba prejudicando nosso convívio […] Então, assim, é bom, mas dá trabalho”, acrescenta. 

Cantor de sucesso desde os anos 1990, além do direcionamento artístico, Rodriguinho diz que costuma compartilhar aprendizados de gerenciamento de carreira com seus filhos. Ele, que já passou por crises severas financeiras, entende mais do que nunca a importância de saber fazer o dinheiro render.

“A gente procura fazer com que eles não sofram o que a gente sofreu. Eu costumo dar o caminho das pedras para eles que eu não tive. Eu tive muitos problemas financeiros, gastei bastante dinheiro errado, não guardava e tal. Era péssimo”, lembra Rodriguinho.

Segundo ele, sua ‘sorte’ foi continuar a carreira, se reinventar e chegar onde está.

“Eu procuro passar isso para eles, não só para os meus filhos, mas para os artistas que produzo. O Gaab, meu filho, é um exemplo de quem está indo bem agora. Quando ele estourou, foi difícil. Como dizer para um moleque de 20 anos que está ganhando uma grana boa que ele precisa economizar? Então, às vezes eu aviso, deixo eles voarem e cometerem seus próprios erros”, acrescenta.