CIÊNCIA
Mamute forjado em laboratório, de acordo com a publicação, seria um híbrido fortemente semelhante ao elefante
Mamutes, em processo de desextinção (Foto: Reprodução)
Extintos há cerca de dez mil anos, os mamutes estão a caminho da “desextinção”.
É que uma empresa norte-americana de biotecnologia chamada Colossal Biosciences trabalha para recriar a espécie até 2028. A informação foi publicada pela renomada revista de biologia Cell.
O mamute forjado em laboratório, de acordo com a publicação, seria um híbrido fortemente semelhante ao elefante. O processo combina técnicas de biologia sintética, bioinfomática e clonagem.
O sequenciamento genético que se tenta fazer com os mamutes nunca foi feito com humanos. O mais perto que se chegou disso foi um trabalho conduzido pelo sueco ganhador do Prêmio Nobel de Medicina Svante Paabo, diretor do Departamento de Biologia Evolutiva do Instituto Max Planck, com hominídeos extintos.
O mesmo Paabo sequenciou depois, em 2019, o genoma do Denisovan, outro parente humano extinto, que habitou a Ásia, entre 30 mil e 50 mil anos atrás. O sueco ganhou o Nobel de Medicina justamente por seus estudos com genomas de hominídeos extintos.
Com os animais, a empresa de biotecnologia mais avançada para trazer ao mundo criaturas extintas é a Colossal Biosciences, do Texas, que em seu website anuncia planejar recriar, além do mamute-lanudo, o tigre-da-Tasmânia e o dodo – este último era uma ave enorme incapaz de voar das Ilhas Maurício. Foi caçada até desaparecer por completo em 1681.
Uma outra iniciativa da Colossal Biosciences é reviver o auroque, o ancestral da vaca doméstica, que também foi levado à extinção pela caça. O último foi abatido em 1627, na Polônia.