Estado foi atingido por uma enchente histórica entre os meses de abril e junho de 2024; desastre afetou mais de 2 milhões de pessoas
O impacto econômico causado pela enchente histórica no Rio Grande do Sul em 2024 chegou a R$ 87 bilhões, disse o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ilan Goldfajn. O valor foi estimado em um estudo realizado pelo banco em parceria com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), que será divulgado nos próximos dias.
Goldfajn mencionou o estudo durante sua fala no evento do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), que aconteceu no domingo (22.set.2024), em Nova York. Segundo ele, o prejuízo equivale a quase 2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. A informação é do jornal Valor Econômico.
Enchentes no Rio Grande do Sul
O Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por uma enchente histórica entre os meses de abril e junho deste ano, afetando mais de 2 milhões de pessoas. Um total de 478 municípios foi atingido, dos quais 358 declararam estado de emergência e 95, estado de calamidade pública.
O número de mortos chegou a 183 pessoas. Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do RS em 20 de agosto, outras 27 pessoas seguem desaparecidas.
De acordo com a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), a maior parte dos danos causados pela cheia dos rios locais ocorreu no setor habitacional. A organização estima que mais de 113 mil casas foram danificadas ou destruídas.
Em maio, o governo federal criou o Ministério da Reconstrução do RS, chefiado pelo ministro Paulo Pimenta, para auxiliar na restauração do Estado. O Ministério foi extinto neste mês de setembro, após 120 dias de atuação, transformando-se na Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. A nova estrutura ficará no âmbito da Secretaria-Executiva da Casa Civil e deverá ser encerrada em 20 de dezembro deste ano.
Até o momento, não houve a divulgação de um balanço geral do governo sobre os prejuízos causados no Estado.