Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (2), novas medidas para restringir a exportação de semicondutores para a China, com o objetivo de dificultar a capacidade do país asiático de produzir tecnologia necessária para modernizar suas armas, anunciou o Departamento de Comércio.
Este “pacote de normas” tem como objetivo “prejudicar ainda mais” a capacidade da China de “produzir semicondutores (…) que podem ser utilizados na próxima geração de sistemas avançados de armas, em inteligência artificial (IA) e computação avançada, que possuem importantes aplicações militares”, afirma.
As medidas restringem as exportações para 140 empresas, incluindo as chinesas Piotech e SiCarrier Technology.
Também afetam a Naura Technology Group, que fabrica equipamentos de produção de semicondutores, segundo o Departamento de Comércio, e incluem ainda controles sobre cerca de 20 equipamentos de fabricação de semicondutores e três tipos de ferramentas de software.
“Os Estados Unidos tomaram medidas significativas para proteger nossa tecnologia e evitar que nossos adversários a utilizem de forma a ameaçar nossa segurança nacional”, declarou o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, em um comunicado.
Washington continuará a trabalhar com aliados “para salvaguardar de forma proativa e agressiva nossas tecnologias e conhecimentos líderes no mundo”, acrescentou.
No mesmo comunicado, o subsecretário de Comércio para Indústria e Segurança, Alan Estevez, afirmou que os Estados Unidos reavaliam e atualizam constantemente seus “controles”.
Trata-se de uma política iniciada durante o primeiro mandato do presidente eleito republicano, Donald Trump, com o objetivo de impedir que a China ganhe terreno e se torne líder no setor tecnológico.