Ex-congressista foi a mulher com mais mandatos da história do Senado, com 3 eleições consecutivas: 1998, 2006 e 2014
Morreu no sábado (31.ago.2024), aos 83 anos, a ex-senadora Maria do Carmo, de câncer no pâncreas com metástases hepáticas. Ela estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital São Lucas, em Aracaju (SE), onde realizava hemodiálise. Viúva do ex-governador de Sergipe João Alves, ela deixa 3 filhos, netos e irmãos.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou luto oficial de 3 dias na Casa, a partir de sábado (31.ago). “A morte da senadora Maria do Carmo entristece a todos que tiveram a honra de conviver com uma mulher de grande força política e capacidade de diálogo”, afirmou.
O velório teve início na madrugada deste domingo (1º.ago), no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju, onde haverá uma missa às 14h. O enterro será às 16h.
Maria do Carmo Alves nasceu em Cedro de São João (SE), em 23 de agosto de 1941. Formou-se em direito pela UFS (Universidade Federal de Sergipe) em 1966.
Nas eleições de outubro de 1998, elegeu-se senadora por Sergipe pelo PFL. Tomou posse em fevereiro de 1999. Foi a 1ª mulher eleita senadora pelo Estado e a mulher com mais mandatos da história do Senado brasileiro. Foram 3 eleições consecutivas, em 1998, 2006 e 2014, somando 24 anos ininterruptos como senadora.
Pioneira da bancada feminina
Em 2019, Maria do Carmo participou da fundação da bancada feminina, como uma das signatárias do projeto de resolução que estabeleceu o grupo no Regimento Interno do Senado (PRS 36/2021). Em seus 2 últimos anos de mandato, ela foi a decana (integrante mais idosa) do Senado.
Ela não concorreu à reeleição em 2022, preferindo se aposentar da vida pública. No seu último discurso como senadora, recordou sua atuação social e sua dedicação à inclusão das mulheres na pauta pública.
“Trabalhei continuamente para enfrentar a violência contra a mulher e garantir o espaço feminino no mercado de trabalho, na ciência e na política. Acredito que pensar em políticas públicas de gênero é pensar também em desenvolvimento econômico. Desejo serenidade e equilíbrio a todos que ficam e aos novos eleitos, pedindo que nunca esqueçam que a política é a luta pela felicidade humana”, declarou em 13 de dezembro de 2022.
Com informações da Agência Senado