Banco estima reduções de juros mais espaçadas devido à melhoria no mercado de trabalho e crescimento econômico
O Goldman Sachs avaliou, em sua análise divulgada nesta 5ª feira (5.dez.2024), que o Fed (Federal Reserve) pode adotar uma abordagem mais moderada nos cortes de juros, refletindo o fortalecimento da economia dos Estados Unidos.
A instituição financeira prevê cortes de 25 pontos-base nas reuniões de dezembro, janeiro e março, com possíveis reduções adicionais em junho e setembro. Essa perspectiva surge em um momento em que declarações recentes de dirigentes do Fed apontam para uma possível desaceleração nesse ritmo de cortes.
No evento “DealBook Summit” do New York Times, Jerome Powell, presidente do Fed, citou a resiliência da economia americana, citando melhorias no mercado de trabalho, diminuição dos riscos negativos, crescimento acima das expectativas e uma inflação ligeiramente mais alta desde setembro. “Isso sugere que podemos adotar uma postura um pouco mais cautelosa”, afirmou Powell sobre o ajuste da política monetária.
Christopher Waller, dirigente do Fed, expressou em conferência do Instituto Americano de Pesquisa Econômica, sua inclinação a apoiar um corte na reunião de dezembro. No entanto, ele admitiu que os últimos dados de inflação levantam dúvidas, indicando que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) poderia considerar manter as taxas inalteradas se os dados futuros contradizerem as previsões atuais.
Alberto Musalem, presidente do Fed de St. Louis, mencionou no Simpósio da Bloomberg e do Global Interdependence Center que novas flexibilizações são prováveis, mas “o momento para desacelerar os cortes ou pausá-los pode estar se aproximando”.
Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, em entrevista à Fox Business, afirmou que a decisão sobre o próximo corte será amplamente debatida na próxima reunião do Fomc, e que “se ocorrerá em dezembro ou mais adiante”.
Com informações de Investing.com Brasil
