Relatório diz que avanço da economia mundial “deve se manter estável, porém abaixo do ideal”; estimativa é para 2024 e 2025
O FMI (Fundo Monetário Internacional) manteve a previsão de crescimento da economia global em 3,2% para 2024 e 2025. Os dados constam no relatório World Economic Outlook, publicado nesta 3ª feira (22.out.2024). Eis a íntegra (PDF – 9 MB, em inglês).
O documento afirma que avanço da economia mundial “deve se manter estável, porém abaixo do ideal”. Fatores como envelhecimento da população, baixo crescimento da produtividade, conflitos, eventos climáticos extremos, tensões comerciais e desigualdade contribuíram para as estimativas.
As projeções para este e o próximo ano são as mesmas apresentadas nos relatórios de abril e julho. O documento de outubro afirma que, “no entanto, revisões importantes foram realizadas, com aumentos nas previsões para os Estados Unidos, compensando as reduções para outras economias avançadas, em particular, os maiores países europeus”.
Também houve “revisões negativas” para o Oriente Médio, Ásia Central e África Subsaariana por causa de “interrupções na produção e no transporte de commodities, especialmente petróleo, conflitos, agitação civil e eventos climáticos extremos”.
Já a para a chamada Ásia emergente, que engloba países como China, Índia e Coreia do Sul, o FMI aumentou as projeções afirmando que a região teve seu crescimento fortalecido pelo “aumento da demanda por semicondutores e eletrônicos, impulsionado por investimentos significativos em inteligência artificial”.
O fundo melhorou projeção do Brasil e espera alta de 3% no PIB em 2024.
INFLAÇÃO
O relatório do FMI afirma que “a batalha contra a inflação está praticamente vencida”, embora as pressões sobre os preços persistam em alguns países.
“Depois de atingir o pico de 9,4% ano a ano no terceiro trimestre de 2022, a inflação global está projetada para cair para 3,5% até o final de 2025, abaixo da média de 3,6% observada entre 2000 e 2019”, diz o documento.
Apesar do declínio, o FMI pondera que alguns desafios persistem. Sugere uma calibragem cuidadosa da política monetária, comunicação transparente, ajustes fiscais graduais e cooperação multilateral para os países assegurarem uma recuperação econômica sustentável e inclusiva.
