Presidente do PT diz que ex-primeira-dama “prefere andar para trás” e que o ex-presidente Jair Bolsonaro “não tem nada de gestor”
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta 6ª feira (25.out.2024) ser um “pesadelo” ouvir a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro “defender” que a política seja feita por marido “machão”, enquanto a mulher focaria em trabalhos sociais. A presidente do PL Mulher afirmou na 5ª feira (24.out) que a política precisa ser “colaborativa” entre os casais heterossexuais.
“Tem gente que prefere andar para trás. Já lutamos muito para chegar até aqui, e não tem Michelle, nem [Jair] Bolsonaro (que de gestor não tem nada), nem extrema-direita que vai nos dizer o que fazer”, declarou Gleisi em seu perfil nas redes sociais.
Durante ato em apoio a Fred Rodrigues (PL), candidato à Prefeitura de Goiânia (GO), Michelle Bolsonaro declarou: “A gente precisa que esse trabalho seja feito em conjunto. Precisamos fazer essa política colaborativa. O maridão ali, machão, gestor, administrador. E a mulher com esse olhar feminino, sabe, de ajudar ali no social”.
Na disputa pela capital goiana, Fred é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Sandro Mabel (União Brasil) tem a bênção do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Bolsonaro e Caiado aumentaram o atrito nas últimas semanas depois que o governador goiano confirmou a intenção de concorrer à Presidência da República em 2026.
Censo 2022
O “Censo Demográfico 2022: composição domiciliar e óbitos informados”, divulgado nesta 6ª feira (25.out) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que em todo o Brasil, 49,1% dos domicílios têm mulheres como responsáveis. Em 2010, eram 38,7%. Ou seja, houve um aumento de 10,4 pontos percentuais em 12 anos.