Gleisi diz que estatais não atingiram deficit recorde

Presidente do PT afirmou que as estatais realizaram investimentos e tiveram lucros em 2024, mas dados do BC apontam rombo de R$ 4,45 bilhões

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou neste sábado (28.dez.2024) que as estatais federais não registraram deficit recorde em 2024. Segundo ela, os números apontam mais investimentos pelas empresas públicas.

A declaração contrasta com dados publicados pelo Banco Central. Segundo a autarquia, as empresas públicas tiveram deficit de R$ 7,76 bilhões de janeiro a outubro 2024, maior valor da série histórica. Já as estatais federais registraram rombo de R$ 4,46 bilhões no período.

Em seu perfil no X (ex-Twitter), Gleisi rebateu reportagem de 6ª feira (27.dez) do jornal Folha de S.Paulo que relata o deficit recorde das estatais nos últimos 15 anos. A informação foi publicada pelo Poder360 em 30 de novembro.

“O que o jornal chama de déficit são os investimentos feitos pelas estatais para cumprir seu papel na sociedade e na economia. Não fosse assim, a agricultura brasileira não contaria com as pesquisas e inovações da Embrapa, para dar apenas um exemplo de sua importância”, escreveu a deputada.

Gleisi discorda da metodologia, que não inclui os números da Petrobras, da Eletrobras e dos bancos públicos. A presidente do PT disse quo post da Folha é uma “mentira” e que o jornal sofre de uma “má fé privatista”.

Na reportagem, a Folha de S.Paulo explicou que, no levantamento do BC, Petrobras e Eletrobras não são contabilizadas por “serem empresas muito grandes, que acabam distorcendo os números”. Além disso, o jornal ressaltou que os bancos públicos também não são incluídos, devido à natureza de seus negócios, que não seria “equiparável a companhias não financeiras”.

Deficit das estatais

O deficit primário das empresas estatais somou R$ 7,76 bilhões no acumulado de janeiro a outubro de 2024, registrando o maior valor para o período desde o início da série histórica do BC (Banco Central), em 2002.

O montante supera em quase 3 vezes o resultado negativo de R$ 2,86 bilhões apurado nos 10 primeiros meses de 2023. Os dados são nominais, ou seja, não foram ajustados pela inflação.

Fonte: Poder 360

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