Trabalhos em 3 trechos mais críticos por causa da seca serão iniciados nos próximos dias para permitir a navegação
O governo federal liberou R$ 280 milhões para a drenagem do rio Solimões, no Amazonas. O curso d’água enfrenta uma baixa histórica por causa da grave seca no país, o que limita a navegação por causa da formação de bancos de areia e baixo nível da água.
Foram assinados nesta 5ª feira (19.set.2024) os contratos para remoção de sedimentos em 3 trechos do Solimões. As obras abrangerão um total de 255 km. As obras devem começar nos próximos dias e os contratos incluem a manutenção futura da dragagem.
As intervenções serão feitas nos seguintes trechos:
- de Coari a Codajás – R$ 90,3 milhões;
- de Benjamin Constant a Tabatinga – R$ 104,8 milhões; e
- de Benjamin Constant a São Paulo de Olivença – R$ 84,2 milhões.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que os contratos vão além da dragagem emergencial neste período de seca e contam com planejamento para manter a navegabilidade dos trechos por 5 anos.
“Agora, nós teremos previsibilidade para ajudar o setor produtivo no escoamento da produção e fazer com que a população possa também viajar pelos rios de toda a região sem ter prejuízos na mobilidade da navegabilidade”, disse o ministro
Somando todas as dragagens anunciadas nos rios Amazonas e Solimões, serão cerca de R$ 500 milhões. O investimento será alocado ao longo de 5 anos para a contratação de empresas que realizarão os serviços de dragagem e manutenção dos trechos, garantindo a continuidade e eficiência das operações.
Principal afluente do rio Amazonas juntamente com o rio Negro, o Solimões tem sofrido com a seca. Em agosto, atingiu a cota de 2 cm, a menos da série histórica iniciada em 2009.