Há necessidade da ofensa para que o humor exista?

Tema de redação de vestibulares federais no início da última década, artigos pautados pelos mais importantes articulistas do País, discussões em noturnos televisivos que atravessam às madrugadas, o humor parece que não sobressai como antes. Seria esta uma geração mimimi como aponta o filósofo Luiz Felipe Pondé?

A questão em curso é que o humorista Léo Lins, mais uma vez, para a venda e divulgação de um show que fará em Tubarão no próximo dia 23 de março, na Arena Multiuso Estêner Soratto da Silva, desfere o seu humor ácido e deselegante contra a Cidade Azul. No polêmico vídeo, o humorista faz piada com enchentes que ocorreram no município, cita as prisões do prefeito Joares Ponticelli (PP) e do vice Caio Tokarski (PSD), além de ironizar moradores do bairro Comasa e os times do município. Léo Lins também cita a manifestante Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Dona Fátima, que ficou conhecida após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, e acaba incluindo a tubaronense MC Pipokinha como “monarca” da cidade.

Acredito em um humor responsável, aquele que as críticas são tecidas, todavia nada que atinja o cidadão de maneira dura, com fatos que até hoje enlutecem a cidade como as enchentes e as prisões preventivas que ainda são investigadas pela Justiça. Até mesmo Gregório de Matos Guerra se pautava ao tecer suas críticas à Monarquia Vigente da época. Censura jamais, contudo o bom senso é necessário àquele que lida com os vocábulos.

P.S: Há comentários de que o atual prefeito barrará o show, uma vez que o espaço onde ocorrerá o evento é público, resta saber se a organização, que é privada, cederá.

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