Esse é o caso de Zachary Scheich, de 26 anos, que fingiu ter 17 e passou mais de 50 dias letivos em uma escola de ensino médio nos EUA
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Redação Terra
17 set
2024
– 17h06
(atualizado às 17h39)
Um homem de 26 anos, chamado Zachary Scheich, forjou documentos pessoais para se matricular em escolas nos Estados Unidos. Com a rede pública de ensino pensando que se tratava de um adolescente de 17 anos, ele passou cerca de 50 dias letivos no ensino médio – e, nesse tempo, abusou de meninas menores de idade. O caso aconteceu em 2022 e, nesta última quarta-feira, 11, ele foi condenado de 85 a 120 anos de prisão. As informações são do The Washington Post.
Segundo o veículo, o homem, agora com 27 anos, foi condenado por acusações de agressão sexual, aliciamento de crianças com comunicação eletrônica e geração de imagens sexualmente explícitas de crianças. Ele não falou durante a sentença e terá direito à liberdade condicional após 40 anos.
Parte dos crimes ocorreu em meio ao ambiente da Lincoln Northwest High School em Lincoln, Nebraska, um Estado norte-americano. Na cidade, ele também chegou a frequentar outra escola pública. Isso aconteceu entre outubro de 2022 e maio de 2023 – e, no total, ele passou 54 dias matriculados.
“As crianças que você explorou não estavam equipadas para se protegerem porque pensavam que você era igual a elas”, disse a juíza distrital de Lancaster, Darla S. Ideus, durante a sentença.
Entenda o caso
O criminoso criou documentos falsos e uma “história de fundo elaborada”, como levantado no julgamento. Ele teria apresentado certidão de nascimento, histórico escolar, registros de imunização e um exame físico de uma clínica para se matricular nas escolas, os mesmos exigidos para que qualquer aluno se matricule na região.
Além de Zachary Scheich, uma mulher de 23 anos também está enfrentando acusações de falsificação de identidade criminosa relacionada ao caso. Angela Navarro se passou pela mãe do homem para se encontrar com conselheiros escolares. Ela está em liberdade sob fiança e aguarda ser julgada.
Modus operandi
Matriculado na escola, Scheich começou a entrar em contato com meninas de suas aulas pela internet. Por lá, ele flertava e direcionava a conversa em tom sexual. Em alguns casos, enviava dinheiro para persuadir as meninas a enviarem fotos a ele. Ele chegou, inclusive, a conhecer famílias de algumas das adolescentes que fez de vítima.
Em meio ao caso, a polícia encontrou trocas de mensagens com imagens sexualmente explícitas no telefone do criminoso, após um mandado de busca e apreensão em julho de 2023.