Dylan Riley, 31 anos desenvolveu a Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (SCTS); infecção começou com um pequeno corte no joelho
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Naiane Pinheiro, colaboração para o Terra
Dylan Riley, 31 anos, morador de Oklahoma, nos Estados Unidos, desenvolveu a Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (SCTS), uma condição rara enquanto jogava frisbee e acabou com as mãos e pés amputados. O caso ocorreu nos EUA em 2023.
Riley fez um pequeno corte no joelho durante um jogo de frisbee. Duas semanas depois, ele começou a sentir sintomas semelhantes aos da gripe, que logo se intensificaram até ele perder completamente a capacidade de mover o corpo. Ao chegar ao hospital, seu quadro se agravou rapidamente, com falência múltipla de órgãos e duas paradas cardíacas, que exigiram reanimação emergencial.
A causa dessa condição foi uma infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes, que geralmente entra no organismo por feridas na pele. Ao atingir a corrente sanguínea, a bactéria pode provocar uma resposta inflamatória descontrolada, levando a um choque tóxico que compromete órgãos e tecidos. Nos casos mais graves, como o de Riley, o sistema imunológico ataca o próprio corpo, causando a necrose das extremidades e danos aos órgãos.
Para estabilizar Riley, os médicos utilizaram a ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), uma técnica de suporte que substitui temporariamente as funções cardíaca e pulmonar. O procedimento é realizado por uma máquina que retira o sangue do corpo, elimina o dióxido de carbono e o oxigena antes de devolvê-lo ao organismo. Embora a ECMO tenha salvado a vida de Riley, não evitou os danos causados pela necrose, levando os médicos a realizarem a amputação de suas pernas, pouco antes do Natal de 2023, e em seguida, parte de suas mãos.
O uso do ECMO ganhou maior notoriedade no Brasil em 2021, quando o ator e humorista Paulo Gustavo foi tratado com essa técnica durante complicações causadas pela Covid-19, embora infelizmente não tenha sobrevivido. A ECMO é um recurso de alta complexidade usado em unidades de terapia intensiva para manter as funções vitais em casos extremos.
O que é a Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico?
A Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico é uma condição rara, que afeta menos de 10% das pessoas infectadas pelo Streptococcus. No entanto, suas consequências podem ser graves, como no caso de Riley. A infecção geralmente começa com sintomas como febre alta e dores intensas, podendo progredir para um quadro de falência de múltiplos órgãos.
Especialistas recomendam que qualquer infecção grave seja monitorada e o tratamento imediato com antibióticos iniciado rapidamente para combater a bactéria e evitar intervenções adicionais para controlar a infecção.
A história de Riley reforça a importância da prevenção e da higiene no caso de feridas, mesmo que sejam pequenas. Manter cortes limpos e desinfetados, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e buscar ajuda médica ao notar sinais de infecção são passos essenciais para reduzir o risco de complicações graves como a Síndrome do Choque Tóxico.