Governo gaúcho aplicou 1% da receita total nesse tipo de despesa no período, de acordo com o Tesouro Nacional
O Rio Grande do Sul foi o Estado que menos investiu em termos percentuais no 1º semestre de 2024: aplicou 1% da receita total nesse tipo de despesa.
Outros Estados apresentaram um maior nível de despesas de investimentos em relação à receita:
- Espírito Santo (14%);
- Mato Grosso do Sul (10%);
- Pará (10%); e
- Piauí (10%).
Os dados estão disponíveis no Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados + DF do 3º bimestre de 2024. O Tesouro Nacional publicou o documento nesta 4ª feira (16.out.2024). Eis a íntegra (PDF – 3 MB).
DESPESAS CORRENTES
O Distrito Federal (24%) e o Maranhão (22%) foram as unidades da Federação que registraram os maiores crescimentos, em termos percentuais, das despesas correntes no 1º semestre de 2024 na comparação com o mesmo período em 2023. Goiás (4%) e Rio Grande do Sul (6%) tiveram a menor alta.
As despesas correntes dizem respeito a gastos de manutenção e funcionamento dos serviços públicos em geral que não contribuem, diretamente, para a formação ou compra de um bem de capital.
Dentre os exemplos, estão salários e encargos com pessoal, pagamento de juros da dívida, compra de bens de consumo e de matéria-prima, contratação de serviços terceirizados e manutenção de equipamentos.
De acordo com o Tesouro, os gastos com pessoal foram responsáveis pela maior participação na composição das despesas correntes em relação à receita total em todos os Estados.
Dentre as unidades da Federação que registraram os maiores gastos, estão:
- Rio Grande do Norte (68%);
- Rio Grande do Sul (66%); e
- Rio de Janeiro (61%).
Já os Estados com menores percentuais de despesas com pessoal são:
- Espírito Santo (41%);
- Piauí (42%); e
- Pernambuco (44%).
RECEITA CORRENTE
Em contrapartida, o Maranhão foi o Estado com o maior aumento percentual (36%) de receitas correntes de janeiro a junho de 2024, seguido da Bahia (24%). Todos os Estados registraram crescimento das receitas em relação ao 1º semestre de 2023.
Rio Grande do Sul (4%), Rio de Janeiro (5%) e Mato Grosso do Sul (6%) apresentaram os menores índices.
RESTOS A PAGAR
O Tesouro também mostra que os Estados que liquidaram os maiores percentuais de RAP (Restos a Pagar), que são as despesas com compromisso de estarem no Orçamento de determinado ano, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro.
Os Estados que liquidaram os maiores percentuais de restos a pagar no 1º semestre de 2024 em relação ao total de RAP inscritos até́ o final de 2023 foram:
- Mato Grosso do Sul (83%);
- Pernambuco (80%); e
- Pará (79%).
Os Estados do Amapá (16%) e do Acre (34%) tiveram os menores índices de pagamento. O Tesouro reforça que um baixo percentual de RAP pago ao logo do ano sinaliza dificuldade em quitar despesas antigas.