AMÉRICA LATINA
Cristina Kirchner foi condenada em 2022 sob acusação de comandar um esquema de desvio de dinheiro público na Argentina
Ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, condenada por corrupção (Foto: Twitter)
A Justiça da Argentina confirmou, nesta quarta-feira (13), a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por crimes relacionados ao mau uso de dinheiro público. A sentença também impede Cristina de concorrer outra vez a um cargo público.
A primeira condenação aconteceu em 2022, em razão de provas que a ligavam ao comando de uma organização criminosa montada para desviar dinheiro público durante o mandato dela (de 2007 a 2015).
Na época da sentença, ela era vice-presidente na gestão de Alberto Fernández (2009 a 2013) e recorreu da decisão. O acórdão do Tribunal de Apelações foi provocado justamente pelo recurso dela.
Além da prisão e da perda de direitos políticos, Kirchner foi condenada a pagar uma multa de R$ 490 mil.
🇦🇷🚨 Agora:
A justiça argentina acaba de CONDENAR a ex-presidente Cristina Kirchner a 6 anos de prisão e foi proibida, perpetuamente, a ocupar quaisquer cargos públicos. pic.twitter.com/oeW6arOF2g
— No Front Militar (@noFrontMilitar) November 13, 2024
Apesar de a sentença confirmar a pena de prisão, Kirchner não será presa imediatamente porque ela ainda pode apelar à Suprema Corte da Argentina. Serão os juízes da instância máxima do país que decidirão se a ex-presidente poderá ir para a prisão — o que pode acontecer, já que agora ela não tem mais imunidade por ocupar os postos de presidência e vice-presidência.
O assunto deve chegar à Suprema Corte no prazo de até dez dias, mas os juízes dessa instância poderão levar anos para analisar e julgar o caso.
Se a defesa de Kirchner recorrer de novo, a Corte só comerará a analisar o caso a partir de março do ano que vem.