Leia as 4 principais notícias do mercado desta 6ª feira

Sede do Fed, o banco central dos EUA, em Washington.

Dados de emprego dos EUA, riscos para o Bitcoin e oposição ao acordo entre Mercosul e a União Europeia estão entre os temas

Os índices futuros das ações em Wall Street permaneciam estáveis no início da manhã desta 6ª feira (6.dez.2024), com os investidores aguardando a divulgação do relatório oficial de empregos dos EUA para o mês de novembro, em busca de indícios sobre os próximos passos da política monetária do Fed (Federal Reserve, Banco Central norte-americano).

No mundo cripto, o bitcoin perdeu o patamar de US$ 100.000, e sua dominância pode ser colocada em xeque, com uma regulamentação mais clara sobre o setor e o consequente aumento da concorrência. No Brasil, as atenções estão voltadas para o possível acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, após mais 20 anos de idas e vindas.

1. Ações dos EUA

Todas as atenções na 6ª feira (6.dez) estarão voltadas para a divulgação dos dados de empregos dos EUA, prevista para às 10h30 de Brasília, em busca de uma perspectiva mais clara sobre o desempenho da economia americana, antes da reunião de dezembro do Fed.

Economistas preveem uma adição de 202.000 vagas de trabalho em novembro, um forte repique em relação aos 12.000 empregos agregados em outubro, em decorrência das interrupções causadas por greves e furacões. Esse foi o menor ganho mensal desde dezembro de 2020.

Tal recuperação dificilmente mudará as expectativas do mercado de que o Fed reduzirá as taxas de juros novamente ainda este mês, especialmente com o crescimento das vagas de trabalho privadas desacelerando em novembro e o número de americanos solicitando novos pedidos de seguro-desemprego aumentando ligeiramente na semana passada.

Mas, uma repetição do relatório robusto de empregos de setembro pode alterar as expectativas para futuras reduções de taxas pelo Fed. Atualmente, os mercados atribuem uma probabilidade de 70% para um corte de 25 pontos-base- medida que corresponde a 0,01 ponto percentual- na reunião do Fed em 17 e 18 de dezembro, segundo o CME FedWatch.

Às 8h de Brasília, o Dow Jones recuava 12 pontos, ou 0,1%; enquanto o S&P 500 caía 3 pontos, ou 0,5%, o Nasdaq 100 desvalorizava 9,1 pontos, ou 0,4%.

Os principais índices recuaram levemente desde as máximas históricas, com o Dow caindo quase 250 pontos, ou 0,6%.

No lado corporativo, empresas como Ulta Beauty, Gitlab e DocuSign estarão sob os holofotes após resultados positivos divulgados na 5ª feira (5.dez).

2. Bitcoin em risco?

O bitcoin recuava nesta 6ª feira (6.dez) perdendo a marca dos US$ 100 mil alcançada no início da semana. No momento da redação, a maior cripto do mundo caía 4,3%, cotado a US$ 98.550, ainda acumulando alta superior a 1% na semana.

A principal moeda digital do mercado atingiu níveis recordes nos últimos dias, graças a expectativas de regulamentações mais favoráveis sob a presidência de Donald Trump, especialmente após a indicação do advogado pró-cripto Paul Atkins para a presidência da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA).

O valor total de mercado do setor de criptomoedas atingiu um recorde de US$ 3,7 trilhões na 5ª feira (5.dez), mas a participação relativa do bitcoin caiu para 53,9% na 6ª feira (6.dez), segundo dados da Coinmarketcap, após alcançar 59% no final de novembro.

Analistas do Citi alertaram que maior clareza regulatória pode reduzir a dominância do bitcoin, ao expandir a atratividade de outras moedas e tokens.

“Acreditamos que, no longo prazo, a utilidade ou o valor de uma rede estará ligada ao uso, além de correlações macroeconômicas e custos de produção. Um novo regime regulatório pode desbloquear casos de uso mais amplos para ativos baseados em blockchain”, disseram os analistas em nota.

3. Petróleo

Os preços do petróleo estavam no negativo na manhã desta 6ª feira (6.dez), com o Brent acumulando perdas semanais expressivas, diante de preocupações sobre a demanda reduzida, após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados) estender os cortes de produção até 2025.

No momento da redação, o barril do Brent, referência mundial e para a Petrobras, desvalorizava-se 1%, negociado a US$ 71,39, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, caía 1,05%, a US$ 67,58.

Na semana, o Brent deve registrar queda de cerca de 1,5%, enquanto o WTI apresenta ganhos modestos.

A Opep+ adiou o início do aumento da produção em 3 meses, para abril, e estendeu a reversão completa dos cortes até o final de 2026.

O grupo havia planejado começar a aumentar a oferta em outubro, mas a desaceleração na demanda global, especialmente na China, levou a sucessivos adiamentos.

O cartel também revisou para baixo suas previsões de crescimento da demanda para 2024 e 2025.

4. Itália e França

A Itália sinalizou resistência ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia, alinhando-se à França na defesa do seu setor agrícola.

O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni condiciona a aprovação do pacto a garantias mais fortes à agricultura da região, bem como a mecanismos mais ágeis de compensação de possíveis desequilíbrios no mercado.

Já o presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o acordo como “inaceitável”, citando preocupações com concorrência desleal e impacto sobre os agricultores locais.

Outros países como Áustria, Holanda e Polônia também expressaram reservas, principalmente relacionadas a questões ambientais e econômicas.

Apesar dos obstáculos, entretanto, o Conselho Europeu deve apoiar o tratado, com 15 dos 27 países e 65% da população posicionando-se a favor do acordo, que já leva mais de 20 anos de negociação.


Com informações da Investing.com Brasil.

Fonte: Poder 360

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