Leia as 5 principais notícias do mercado desta 4ª feira

Declarações de autoridades do Fed, governo dos EUA investiga empresas alemãs e a prévia da inflação estão entre os temas

Os futuros em Wall Street estavam mistos nesta 4ª feira (25.set.2024), depois de um novo pico para o S&P 500 na sessão anterior. Os investidores terão a chance de analisar os comentários da dirigente do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), Adriana Kugler, que se juntará a um coro de formuladores de políticas que farão declarações esta semana sobre a grande redução da taxa de juros do Fed na semana passada.

O governo dos Estados Unidos está investigando a empresa alemã SAP e a revendedora Carahsoft por supostamente cobrarem preços maiores de agências governamentais. No Brasil, a prévia da inflação de setembro está em foco.

1. Fala de Kugler

A dirigente do Fed Adriana Kugler deve discursar nesta 4ª feira (25.set), com os mercados ansiosos para ver se ela se tornará a mais recente formuladora de políticas a fazer comentários sobre o corte da taxa de juros da semana passada.

Kugler fará um discurso na Harvard Kennedy School às 17h (de Brasília), de acordo com o Fed. Mais autoridades da instituição financeira estão programadas para fazer declarações públicas esta semana, incluindo o presidente Jerome Powell.

Na 3ª feira (24.set), a dirigente do Fed Michelle Bowman defendeu sua decisão de votar contra o corte superdimensionado de 50 pontos-base –medida que corresponde a 0,01 ponto percentual– na taxa de juros e apoiar uma redução mais tradicional de 1/4 de ponto percentual, destacando que as principais leituras de inflação permanecem “desconfortavelmente acima” do nível da meta declarada pelo Fed.

Sua posição contrasta com a de várias outras autoridades do Fed no início desta semana, que argumentaram que o corte de meio ponto era necessário porque as taxas elevadas estavam colocando muita pressão sobre a economia em um momento em que a inflação parece estar desaparecendo e as tensões sobre a demanda de trabalho estão aumentando.

Os futuros de ações dos EUA estavam mistos depois que o índice de referência S&P 500 fechou em um 2º recorde consecutivo de alta na sessão anterior.

Às 7h55 (de Brasília) o contrato S&P 500 futures havia caído 0,02%, o Dow futures subia 0,10%, e o Nasdaq 100 futures perdia 0,24%.

As principais médias de Wall Street fecharam no verde, acompanhando os ganhos obtidos em outros mercados internacionais depois do anúncio da China de novas medidas de estímulo destinadas a rejuvenescer a atividade na 2ª maior economia do mundo. As ações chinesas listadas nos EUA saltaram, enquanto as mineradoras de lítio e cobre avançaram com o aumento dos preços dos metais.

Entretanto, um relatório do Conference Board pesou sobre o sentimento, mostrando que a confiança do consumidor dos EUA caiu inesperadamente em setembro, devido a preocupações com a saúde do mercado de trabalho.

2. SAP e Carahsoft

O governo dos Estados Unidos está investigando a empresa alemã de software SAP e a revendedora de produtos Carahsoft sobre a possibilidade de cobrar a mais de agências governamentais por pelo menos uma década, informou a Bloomberg News nesta 4ª feira (25.set).

O Departamento de Justiça está investigando se a fabricante de software empresarial SAP conspirou ilegalmente com a Carahsoft para fixar preços mais altos nas vendas para o exército dos EUA e outras agências governamentais, informou a Bloomberg, citando registros de tribunais federais arquivados em Baltimore. A investigação está em andamento desde pelo menos 2022.

A Carahsoft teve seus escritórios na Virgínia invadidos na 3ª feira (24.set) por agentes do FBI (Departamento Federal de Investigação, sigla em inglês) e investigadores militares.

3. Mercado de ouro

Os preços do ouro caíram um pouco depois de atingir um novo recorde nesta 4ª feira (25.set).

Às 7h57, o ouro spot estava 0,07% mais baixo, a US$ 2,655.16 por onça. Anteriormente, havia atingido um recorde de alta de US$ 2.670,43 por onça no comércio asiático.

A perspectiva de taxas de juros mais baixas foi um ponto de apoio fundamental para o ouro, já que os investidores precificaram um custo de oportunidade mais baixo para investir em ativos não rentáveis. O ouro também teve alguma demanda de porto seguro provocada pelo aumento das tensões no Oriente Médio.

Os comentários desta semana dos palestrantes do Fed, bem como a divulgação do indicador de inflação preferido do Fed na  6ª feira (27.set), podem oferecer mais informações sobre o caminho a ser seguido pelos custos dos empréstimos.

4. Mercado de petróleo

Os preços do petróleo caíram nesta 4ª feira (24.set), com os investidores reavaliando o provável impacto do novo estímulo monetário do principal importador, a China.

Às 7h58, o contrato Brent caiu 0,56%, para US$ 74,05 por barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) foram negociados 0,71% mais baixos, a US$ 71,05 por barril.

Ambos os índices de referência subiram pouco menos de 2% na 3ª feira (24.set), depois que a China divulgou sua mais recente enxurrada de medidas de estímulo. Entretanto, os investidores observaram que pode ser necessária mais ajuda para impulsionar as perspectivas econômicas do maior importador mundial de petróleo bruto, de acordo com a Reuters.

A diminuição dos estoques de petróleo bruto dos EUA forneceu algum apoio ao mercado, já que os dados do American Petroleum Institute mostraram na 3ª feira (24.set) que os estoques de petróleo bruto caíram em 4,34 milhões de barris na semana passada. Os números oficiais da Administração de Informações sobre Energia devem ser divulgados mais tarde nesta sessão.

5. IPCA-15 no Brasil

Depois da divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ontem, os investidores aguardam a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), prévia da inflação oficial do país. A expectativa consensual indica um aumento mensal de 0,29%, contra alta de 0,19% no mês anterior.

A aceleração deve ser realizada pela “menor deflação do grupo alimentação no domicílio, principalmente de alimentos in natura (especialmente as frutas), cereais e carnes, passagem aérea, que deve sair de uma deflação de quase 5% para uma variação próxima a +10%, e energia elétrica, reflexo do acionamento da bandeira vermelha 1 em setembro”, detalhou a Warren Investimentos, que espera uma alta igual à do consenso.

No entanto, a Warren enxerga um aumento menor na gasolina nesta leitura, assim como o grupo educação como um todo, diante da sazonalidade de reajustes.

Às 7h59 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) estava estável no pré-mercado.


Com informações da Investing Brasil.

Fonte: Poder 360

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