Pela 2ª semana consecutiva, gasolina e diesel ficam acima de R$ 6; os dados são da Agência Nacional de Petróleo
A gasolina fechou a semana sendo negociada a R$ 6,15 o litro nos postos brasileiros. O valor representa a maior alta do combustível no 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em comparação com a semana anterior, o preço aumentou R$ 0,03. Os dados são da pesquisa semanal de combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O óleo diesel também registrou alta no período analisado pela agência. De 8 a 14 de dezembro, o combustível foi vendido a R$ 6,04 nas distribuidoras, o valor mais alto em 2024. Pela 2ª semana consecutiva, a gasolina e o diesel foram negociados acima de R$ 6.
Segundo os dados da ANP, o Estado com a gasolina mais cara na semana foi o Acre. O litro do combustível foi vendido nos postos a R$ 7,49. Já o Estado com a gasolina mais barata foi a Paraíba, com R$ 5,88 o litro. Ao todo, 20 Estados registraram o preço do litro da gasolina acima de R$ 6.
Em relação ao diesel, os consumidores que pagaram mais caro foi novamente os acreanos. O combustível foi negociado a R$ 7,60 0 litro. O diesel mais barato foi comercializado em Sergipe. O valor médio foi de R$ 5,79.
A alta dos combustíveis pode ser explicada pela alta do dólar. O Brasil não é autossuficiente na produção de nenhum dos 2 combustíveis e precisa exportar para abastecer o mercado interno.
A Petrobras, principal empresa no ramo de combustíveis do Brasil, não faz uma redução no preço da gasolina para as distribuidoras desde outubro do ano passado. O último reajuste da petroleira foi um acréscimo no valor do combustível de R$ 0,20 no litro, anunciado em julho deste ano.
Mesmo com a alta nos preços, o valor comercializado pela Petrobras junto às distribuidoras ainda está inferior em comparação ao PPI (Preço de Paridade de Importação). Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina da Petrobras é 5% mais barata do que valor para importação. O diesel é 10% mais barato ante o PPI.
O fato da Petrobras já estar com um preço inferior ao da importação dificulta que a petroleira estatal faça uma redução no valor dos combustíveis. Se a empresa decidir por mais um corte no valor, mesmo com um preço mais competitivo do que o praticado no exterior, a conta para os acionistas não fechará e as receitas da companhia irão diminuir.
Outro fator que impactou no preço dos combustíveis neste ano foi o aumento das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado pelos Estados. A mudança começou em fevereiro deste ano.