Manifestantes protestam na França contra novo primeiro-ministro indicado por Macron – Mundo – CartaCapital

Milhares de manifestantes de esquerda saíram às ruas de toda França neste sábado 7 para protestar contra a nomeação de Michel Barnier, de centro-direita, como primeiro-ministro e denunciar um “golpe de força” do presidente Emmanuel Macron.

Os protestos ocorreram em Paris e em outras cidades, incluindo Nantes, no oeste, Nice e Marselha, no sul, e Estrasburgo, no leste.

Na quinta-feira, Macron nomeou Barnier, um ex-chanceler de 73 anos que atuou como negociador do Brexit para a União Europeia, como primeiro-ministro em uma tentativa de avançar após as eleições antecipadas de julho, nas quais sua aliança centrista perdeu a maioria relativa no Parlamento.

Barnier disse na noite de sexta-feira que está disposto a nomear ministros de todas as tendências políticas, incluindo “pessoas de esquerda”.

Mas a Nova Frente Popular (NFP), a coalizão de esquerda que emergiu como a maior força da França após as eleições, embora sem assentos suficientes para uma maioria absoluta, recebeu a nomeação de Barnier com irritação.

No sábado, muitos manifestantes dirigiram sua raiva a Macron e alguns até pediram sua renúncia.

“A Quinta República está entrando em colapso”, disse a manifestante Manon Bonijol. “Votar (para o Parlamento) será inútil enquanto Macron estiver no poder”, acrescentou a jovem de 21 anos.

O líder de extrema esquerda Jean Luc Mélenchon, cujo partido ‘A França Insubmissa’ (LFI) e seus aliados pertencem ao bloco de esquerda, afirmou que a eleição foi “roubada dos franceses” e convocou os franceses para manifestações nas ruas.

Neste sábado, ele pediu aos seus apoiadores que se preparem para a batalha. “Não haverá pausa”, prometeu.

“A democracia não é apenas a arte de aceitar que você ganhou, é também a humildade de aceitar que você perdeu”, disse Mélenchon.

A aliança de esquerda queria que Lucie Castets, uma economista de 37 anos, se tornasse primeira-ministra, mas Macron rejeitou a ideia, argumentando que ela não sobreviveria a um voto de confiança no Parlamento dividido.

Fonte: Terra

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