Deputado já integrou o partido e é o candidato oficial do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), no pleito
O MDB na Câmara tende a reforçar o apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) para a Presidência da Câmara. A eleição será em fevereiro de 2025.
A bancada emedebista tem 44 deputados, uma das maiores da Casa. Hugo Motta tem boa circulação dentro do partido, já que integrou a sigla de 2005 a 2018.
Nesta 3ª feira (29.out.2024), Motta conseguiu o apoio oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O líder da bancada, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), esteve ao lado de Motta e Lira durante o anúncio.
Foi a 1ª vez que Lira endossou publicamente o nome de Motta. Há mais de 1 mês, em 11 de setembro, o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), disse que o deputado alagoano afirmou aos líderes partidários que apoiará o favorito na disputa em um almoço reservado.
Também nesta 3ª feira (29.out), às 11h30, o Republicanos oficializará Motta na disputa. O presidente da sigla, Marcos Pereira (SP), participará. Será na sede do partido, em Brasília.
DISPUTA NA CÂMARA
Até a metade de agosto, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) era tido como o favorito de Lira para assumir a presidência da Câmara em 2025 e, assim, manter sua influência política.
Líder do Republicanos na Câmara, Motta ganhou força depois de Marcos Pereira desistir da candidatura para emplacar um nome com menos resistência.
A posição de Lira causou uma tensão com Elmar, seu amigo pessoal, que, segundo apuração do Poder360, contava com o apoio do presidente da Câmara.
Em uma contraofensiva a Motta, Elmar fechou uma aliança com Antonio Brito (PSD-BA), também pré-candidato à presidência da Câmara.
QUEM É HUGO MOTTA
Motta tem 35 anos. Está no 4º mandato. Foi eleito deputado federal pela 1ª vez em 2010, com 86.150 votos. Elegeu-se aos 21 anos.
Em abril de 2016, à época filiado ao PMDB (hoje MDB), o congressista votou a favor da instauração do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Já na gestão de Michel Temer (MDB), em outubro de 2016, Motta votou favoravelmente à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 de 2016, conhecida como PEC do teto dos gastos públicos.
Em abril de 2017, Motta votou “sim” ao PL (Projeto de Lei) 6.787 de 2016, que estabeleceu a Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017, votou contra a autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir processo criminal contra o então presidente Temer por crime de corrupção passiva.