Criança de 7 anos foi mandada para a casa duas vezes antes de receber o tratamento correto
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Redação Terra
2 out
2024
– 17h31
(atualizado às 18h33)
Uma menina de 7 anos passou cerca de 30 horas com veneno de cobra na perna por causa de um diagnóstico errado dos médicos. Levada ao hospital no Arizona, nos Estados Unidos, após um tropeço enquanto brincava na grama, Allie Brasfield ouviu que havia apenas torcido o tornozelo.
A família chegou a ser mandada de volta para casa duas vezes, mas os sintomas pioraram. A menina ficou com náuseas e o pé esquerdo inchado e roxo, com a coloração se espalhando pela perna inteira.
Nesses dois primeiros atendimentos, um deles imediatamente detectou o quadro de torção e o segundo solicitou exames de sangue e de imagem para descobrir a causa do problema, também sem sucesso, conforme contou a mãe da menina ao Daily Mail.
Com a piora do quadro, os pais a levaram para um hospital maior da região. Lá, o pai questionou os médicos sobre a possibilidade de picada de cobra, e eles a avaliaram com exames toxicológicos, o que confirmou a presença de veneno de serpente. Após o diagnóstico correto, Allie passou por transfusões de sangue e duas cirurgias; uma terceira ainda será realizada.
Mesmo com a menina já apresentando melhora, o pai, Keith Brasfield, recordou os momentos de tensão. Ainda em cadeira de rodas, ela terá que passar por fisioterapia e terapia ocupacional para recuperar a força na perna.
“Foi o momento mais assustador que já vivi na minha vida e durou dias, sem saber se ela iria sobreviver”, disse ao Daily Mail.
A demora para o entendimento do caso pode ter sido um fator de piora do quadro da garota. Isso porque o antídoto contra picada de cobra é mais eficaz nas primeiras 24 horas após o ataque.
Além disso, o cenário também levou a menina a precisar de 40 frascos de antídoto. Em casos com o tratamento adequado, a dosagem normalmente fica entre quatro e 12 frascos. Como o seguro de saúde da família não cobre tratamentos antivenenos, eles também terão que arcar com os custos.