Deputado diz que representar o Brasil não é função da primeira-dama e que pedirá investigação à PGR por abuso de autoridade
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse nesta 5ª feira (25.jul.2024) que pedirá informações ao Itamaraty sobre como a primeira-dama Janja Lula da Silva obteve a credencial de chefe de Estado para os Jogos Olímpicos. Segundo ele, a tarefa não cabe a ela, como mulher do presidente.
Ele afirmou que “interlocutores de Janja praticamente coagiram integrantes do COB [Comitê Olímpico Brasileiro] para conseguir sua credencial”. Disse que pedirá que a PGR (Procuradoria Geral da República) investigue suposto abuso de autoridade.
Eis a publicação em seu perfil no X (antigo Twitter):
Em 11 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a primeira-dama o representaria nos Jogos Olímpicos de Paris junto do ministro do Esporte, André Fufuca. Segundo o presidente, ele recebeu um convite do chefe de Estado francês.
“Fufuca vai como chefe do esporte brasileiro, mas como eu sou convidado pelo Macron, resolvi dizer que a Janja vai porque eu tenho muita coisa para fazer no Brasil, então não posso ir. Então, quando vocês estiverem lá disputando, ela vai estar lá torcendo. Espero que esteja”, disse. Lula afirmou que acompanhará os jogos “pelos olhos” da primeira-dama.
A solicitação para a participação de Janja foi feita às pressas depois que Lula anunciou, a 15 dias do começo dos Jogos Olímpicos, que a primeira-dama o representaria na capital francesa. Até então, não havia definição.
Segundo apurou o Poder360, o pedido da credencial de Janja foi aprovado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) sem grandes problemas, mas foi tido como uma exceção por não ocupar alto cargo público. Havia também o impasse de que a credencial de Lula não poderia ser repassada. Apesar do imbróglio, o pedido enviado pelo COB foi aceito em caráter excepcional.