A passagem do ciclone Chido por Moçambique provocou pelo menos 94 mortes, segundo um balanço atualizado publicado neste domingo 22 pelo Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres.
O balanço anterior registrava 75 mortos.
O potente ciclone, que devastou há alguns dias o pequeno arquipélago francês de Mayotte no Oceano Índico, destruiu mais de 110.000 casas em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo.
Os fortes ventos, com rajadas de até 260 km/h, e as chuvas que acumularam 250 mm em 24 horas destruíram a província de Cabo Delgado, no norte do país, onde vive a maioria das 620.000 pessoas afetadas pela tempestade.
Imagens divulgadas pelo Unicef do distrito de Mecufi, o mais afetado, mostram edifícios destruídos, incluindo uma mesquita.
O número de feridos permaneceu em 670, segundo as autoridades.
O candidato à presidência da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido que governa o país há décadas, Daniel Chapo, cuja vitória nas eleições de outubro desencadeou uma crise que deixou 130 mortos, visitou neste domingo a região afetada.