O Novo Ensino Médio (NEM), aprovado em 2017, durante a gestão do então presidente da República Michel Temer (MDB), não agradou aos educadores, especialistas e alunos das Redes Públicas Estaduais. Apesar de ser muito cedo para a emissão de um veredito, o NEM sofre com a ausência de docentes e prioriza o mundo do trabalho, distanciando-se do básico para que o discente se ascenda.
A Reforma do Ensino Médio foi iniciada, todavia se esqueceram da mudança estrutural na forma de pensar a Educação Brasileira – a começar pelo processo avaliativo.
Embora o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) apresente proposta convincente diante da forma de se avaliar o discente, o Novo Ensino Médio (NEM) carrega os resquícios da avaliação atrelada à memorização, algo pontual e inflexível quando o assunto é provocar a imaginação, estimular a criatividade, desenvolver habilidades comunicativas e possibilitar a extensão do altruísmo. O Sistema Avaliativo Brasileiro é ineficaz e autoritário, mecanismo que não dialoga com a liberdade e engessa o pensamento discente e docente.
Dessa forma, enquanto a teoria lança ideias estupendas, utópicas, pois são realizadas pelos homens de gabinete (seres distantes da prática docente), a prática permanece ilhada, sofrendo com os abalos sísmicos de uma cultura educacional tragada pelo autoritarismo imposto por um ensino que sempre soube como mascarar os seus reais problemas.