Sigla reúne 18 deputados; candidato do Republicanos já tem apoio de 12 partidos para disputar a presidência da Câmara
O PDT anunciou nesta 3ª feira (5.nov.2024) o apoio ao candidato à presidência da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB). A eleição será realizada em fevereiro de 2025. A bancada reúne 18 dos 513 deputados.
No anúncio, integrantes do partido mencionaram que Motta foi o escolhido pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
“Apesar de não termos convergência ideológicas, assim como não tínhamos com Arthur, temos a pauta da defesa da democracia, de um Parlamento forte e da respeitabilidade que Hugo adquiriu”, disse André Figueiredo (PDT-CE).
No discurso, Motta reafirmou que sua candidatura é de convergência, que vai de PL a PT.
Com isso, Motta já conta com 12 siglas: PL, PT, PP, Republicanos, MDB, Podemos, PDT, PC do B, PV, PSDB, Cidadania e PSB.
Juntos, os partidos somam 373 deputados. Como o voto é secreto e individual, isso não assegura a adesão automática dos integrantes. Para se eleger, o candidato precisa da maioria absoluta de 257 congressistas.
Motta também espera obter o endosso do União Brasil. Oficialmente, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) ainda não retirou sua candidatura, mas seu partido já abriu canal de negociação com Motta. A viabilidade da candidatura de Elmar foi esvaziada com o apoio crescente ao adversário.
O candidato do Republicanos também busca o apoio da bancada do PSD. Com chances mínimas de vitória, Antônio Brito (PSD-BA) está cotado para deixar a disputa.
QUEM É HUGO MOTTA
Motta tem 35 anos. Está no 4º mandato. Foi eleito deputado federal pela 1ª vez em 2010, com 86.150 votos. Elegeu-se aos 21 anos.
Em abril de 2016, à época filiado ao PMDB (hoje MDB), o congressista votou a favor da instauração do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Já na gestão de Michel Temer (MDB), em outubro de 2016, Motta votou favoravelmente à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 de 2016, conhecida como PEC do teto dos gastos públicos.
Em abril de 2017, Motta votou “sim” ao PL (Projeto de Lei) 6.787 de 2016, que estabeleceu a Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017, votou contra a autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir processo criminal contra o então presidente Temer por crime de corrupção passiva.