PL não tem história de apurar nada, diz Otto Alencar, do PSD

Otto Alencar

Senador pela Bahia rebate críticas de bolsonaristas do PL que fazem campanha contra o PSD; cobrança para apoiar impeachment de Alexandre de Moraes é “picuinha” e “não merece consideração”

O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), rebateu nesta 2ª feira (23.set.2024) as críticas que o partido têm recebido de integrantes do PL. A principal razão da cobrança é que o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não tem dado andamento aos mais de 20 pedidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). “Essa picuinha não merece a nossa sincera consideração”, disse Alencar. 

Em vídeo (assista mais abaixo), o senador baiano criticou o PL e disse que o partido não tem um histórico de “querer apurar absolutamente nada”. Como mostrou o Poder360, correligionários e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm subido o tom contra a legenda comandada por Gilberto Kassab e pedido que o eleitorado não vote em candidatos do partido.

“Se tem um partido que não pode fazer cobrança ao PSD, esse é o Partido Liberal. Esse partido todo ficou em silêncio no maior problema que aconteceu no Brasil recentemente, que foi a pandemia. Nós fizemos a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para mostrar que o presidente [Jair Bolsonaro] não estava comprometido com a vida do povo brasileiro. Além disso, os dirigentes de cúpula do Partido Liberal não tem essa história, essa tradição, de querer apurar absolutamente nada, sobretudo impeachment de quem quer que seja. Nenhum deles”, disse Alencar.

O líder do PSD afirmou ainda que nomes alinhados ao bolsonarismo, como o presidente do Progressistas e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PI), também não aderiram ao pedido de impeachment.

“É bom não querer tergiversar essa fala, querendo colocar isso na conta do PSD. O PSD tem tido na Câmara e no Senado uma conduta correta e estritamente dentro do regimento, dentro da lei, por parte dos seus senadores e deputados federais. E também pelo nosso presidente Gilberto Kassab. Nós temos que ajudar o Brasil. Pensar o Brasil. Essa picuinha não merece a nossa sincera consideração.”

Segundo o site VotoSenadores, que compila o apoio ao pedido de impeachment de Moraes, 36 senadores são favoráveis, 29 não se manifestaram e 16 são contrários. O PSD, que tem a maior bancada da Casa Alta, liberou seus filiados para que decidam se apoiam o texto ou não. 

Leia abaixo como se posicionaram os senadores do PSD: 

  • a favor do pedido de impeachment contra Moraes: Lucas Barreto (AP); Nelsinho Trad (MS); e Vanderlan Cardoso (GO);
  • contra: Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM);
  • não se manifestaram: Rodrigo Pacheco (MG); Angelo Coronel (BA); Bene Camacho (MA); Daniella Ribeiro (PB); Irajá (TO); Jussara Lima (PI); Mara Gabrilli (SP); Margareth Buzetti (MT); Sérgio Petecão (AC) e Zenaide Maia (RN).

Assista ao vídeo de Otto Alencar (2min31s):

Se preferir, leia a íntegra da fala do senador:

“Se tem um partido que não pode fazer cobrança ao PSD é o Partido Liberal. Esse partido todo ficou em silêncio no maior problema que aconteceu no Brasil recentemente: a pandemia. Nós fizemos a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para mostrar que o presidente [Jair Bolsonaro] não estava comprometido com a vida do povo brasileiro”

“Além disso, os dirigentes de cúpula do Partido Liberal não tem essa história, essa tradição, de querer apurar absolutamente nada, sobretudo impeachment de quem quer que seja. Nenhum deles.”

“E outra coisa, o PSD liberou a bancada. Qualquer senador ou senadora que deseje analisar o pedido de impeachment ou o requerimento e achar que tem fato determinado para tanto, ele está liberado para assinar. Mas o que me chama a atenção é que os principais eleitores do Bolsonaro, agora, na eleição recente de 2022, não assinaram. Não tenho nada contra absolutamente este ou aquele não assinar, mas, por exemplo, o senador Davi Alcolumbre [União Brasil-AP], presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, até agora não assinou. O presidente do partido Progressistas, o senador Ciro Nogueira, também não assinou –e foi ministro da Casa Civil do Bolsonaro. Outros senadores, por exemplo, o senador Romário, lá do Estado do Rio de Janeiro, que agora, está, inclusive, apoiando a candidatura do nosso candidato do PSD do Rio de Janeiro, o Eduardo Paes, também não assinou. 

“Então, é bom não querer tergiversar essa fala, querendo colocar isso na conta do PSD. O PSD tem tido na Câmara e no Senado uma conduta correta e estritamente dentro do regimento, dentro da lei, por parte dos seus senadores e deputados federais. E também pelo nosso presidente Gilberto Kassab.

“Nós temos que ajudar o Brasil. Pensar o Brasil. Essa picuinha não merece a nossa sincera consideração.”


Leia mais: 

Fonte: Poder 360

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