O índice de pobreza na Argentina atingiu 52,9% no primeiro semestre de 2024, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira 26 pelo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do País (Indec).
A pesquisa mostrou que o nível de pobreza aumentou desde que o ultraliberal Javier Milei ascendeu à Casa Rosada. Foi um aumento de 11,2 pontos percentuais em relação ao último semestre de 2023, quando o índice era de 41,7%.
Os dados foram um dos piores já divulgados pelo Indec desde que a entidade retomou a publicação da série em 2016. O índice só não é pior que o registrado no segundo semestre de 2020, durante da pandemia de Covid-19.
O percentual de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza no primeiro semestre marcou 18,1% da população, segundo o levantamento.
O Indec considera pobres as pessoas que não conseguem obter a Cesta Básica Total, um conjunto de necessidades alimentares e não alimentares consideradas essenciais.
E registra como abaixo da linha da pobreza aqueles que nem sequer conseguem a Cesta Básica Alimentar, ou seja, que não podem comprar o mínimo indispensável para suprir suas necessidades nutricionais.
No recorte etário, se destaca o nível da população entre 0 e 14 anos em situação de pobreza, que atingiu 66,1%.
Os argentinos sofreram uma deterioração em seu poder de compra, especialmente de alimentos, entre o primeiro e o segundo semestre de 2023. Enquanto a renda familiar total média aumentou 69%, a Cesta Básica Alimentar aumentou 81,6% e a Total, 75,8%.