Arma não possui número de série e pode ter sido montada de forma caseira. Luigi Mangione, suspeito do crime, foi preso na Pensilvânia
-
Redação Terra
10 dez
2024
– 11h23
(atualizado às 12h15)
O Departamento de Polícia de Nova York revelou nesta segunda-feira, 9, que a pistola usada no assassinato de Brian Thompson, CEO da Healthcare, pode ser uma “arma fantasma” criada com uma impressora 3D. A declaração foi feita após a captura do principal suspeito, Luigi Mangione, detido em Altoona, na Pensilvânia (EUA). As informações são da NBC News.
O crime ocorreu em 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo em Nova York, onde Thompson, de 50 anos, foi alvejado diversas vezes. Após o ataque, o atirador fugiu, desencadeando uma extensa operação policial.
Mangione foi localizado a mais de 350 km do local do crime, enquanto estava em uma unidade do McDonald’s. Com ele, a polícia apreendeu uma pistola semelhante à utilizada no homicídio.
Durante coletiva de imprensa, Joseph Kenny, chefe dos detetives de Nova York, explicou que a arma confiscada não possui número de série, um detalhe característico das chamadas “armas fantasmas”. Segundo Kenny, ela pode ter sido fabricada com peças caseiras e tem capacidade de disparar munições de 9 mm.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, ressaltou a necessidade de políticas federais mais rígidas para conter o uso de armas fantasmas.
Antes dessa conclusão, os investigadores chegaram a cogitar que a pistola usada no crime lembrava um dispositivo veterinário modificado, utilizado em fazendas para abater animais.
As autoridades continuam investigando a motivação do crime. Investigadores de Nova York foram enviados à Pensilvânia para interrogar o suspeito.
A Prisão de Luigi Mangione
A captura de Mangione ocorreu após dias de buscas, que incluíram helicópteros, cães farejadores, análise de câmeras de segurança e até equipes de mergulho. A prisão, no entanto, aconteceu fora do Estado de Nova York.
O suspeito foi detido em um McDonald’s em Altoona, onde portava documentos falsos e uma arma compatível com a usada no crime. Entre os documentos estava uma identidade usada para fazer check-in em um hostel nova-iorquino antes do assassinato.
Além disso, roupas encontradas com Mangione, incluindo uma máscara facial, correspondiam às descrições do atirador. Uma testemunha foi fundamental para a prisão, ao relatar características que coincidiam com as do homem procurado.
Durante a abordagem, a polícia também encontrou um manifesto de três páginas, no qual o suspeito expressava descontentamento com empresas americanas, detalhando possíveis motivações e seu estado mental.
Mangione, natural de Maryland, possui histórico de residência em diferentes Estados, incluindo Pensilvânia, onde cursou faculdade, e Califórnia. Seu último endereço conhecido era em Honolulu, no Havaí.
As autoridades acreditam que Mangione agiu sozinho. As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias do crime e confirmar os detalhes sobre a fabricação da arma.