Presidente de frente do agro propõe boicotar Carrefour por “lacração”

Deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária

Pedro Lupion pede respeito aos produtores brasileiros; mercados da marca na França interromperam compra de carne do Mercosul

O presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), o deputado federal Pedro Lupion (PP), sugeriu na 6ª feira (22.nov) que o setor deixe de fornecer carne ao Grupo Carrefour Brasil para combater o que chamou de “lacração” dos europeus.

A proposta surgiu depois de o presidente mundial da rede, Alexandre Bompard, anunciar na 4ª feira (20.nov) que não vai mais oferecer proteínas produzidas em países do Mercosul em lojas da marca na França.

“Não aceitamos e não aceitaremos. Se a carne brasileira serve para ser consumida nas lojas do Carrefour e de todas suas outras empresas aqui no Brasil, ela serve também para a Europa”, disse Lupion em vídeo publicado em seu perfil no Instagram.

A decisão da rede francesa é uma maneira de protestar contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O pacto criaria um fluxo de comércio de até R$ 274 milhões em produtos manufaturados agrícolas, além de um mercado comum de 780 milhões de pessoas.

Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise”, diz o comunicado do Carrefour França.

O comunicado explica ainda que a medida será valida apenas nos pontos de venda da França, e não altera as atividades das lojas do Carrefour no Brasil. “Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças”, afirma a nota.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) também sugeriu um boicote ao Carrefour, em vídeo publicado na última 5ª feira (21.nov.2024) em seu perfil no Instagram. “Respeitamos o direito do Carrefour de selecionar os seus fornecedores. Entretanto, nós brasileiros também temos o direito de comprar de quem quisermos. Se o Brasil não serve para vender carne para eles, então essa empresa não deveria ser bem vista aqui”, declarou Mauro Mendes.


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Fonte: Poder 360

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