Queda se dá depois de alta expressiva em junho, influenciada pela retomada das atividades produtivas no Rio Grande do Sul
A produção industrial caiu 1,4% em julho em relação a junho, na série com ajuste sazonal. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 4ª feira (4.set.2024). Eis a íntegra da apresentação (PDF – 4 MB).
A perda de ritmo se dá depois de um avanço de 4,3% em junho. No entanto, apesar da queda, o setor segue em uma trajetória ascendente: quando comparado com julho de 2023, a indústria teve crescimento de 6,1% na produção.
Em 2024, o setor acumulou alta de 3,2%. No acumulado de 12 meses, houve expansão de 2,2%.
Segundo o IBGE, os resultados mostram que a indústria está 1,4% acima do nível pré-pandemia, porém 15,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, em 2011.
De acordo com o gerente da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), André Macedo, o desempenho negativo da indústria em julho se dá porque houve um avanço grande no mês anterior. Em junho, a alta foi causada pela retomada da produção de unidades produtivas que haviam sido afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
“Grande parte do recuo registrado neste mês tem relação com o avanço expressivo visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações no seu processo produtivo”, declarou Macedo.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE JULHO
Os produtos derivados do petróleo e do biocombustível recuaram 3,9% em julho em relação a junho. Produtos alimentícios caíram 3,8% no mesmo período de comparação. Também contribuíram para a queda de 1,4% no mês:
- celulose, papel e produtos de papel (-3,2%);
- equipamentos de informática e produtos eletrônicos (-2,6%);
- produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,6%);
- indústrias extrativas (-2,4%).
No campo positivo, as impressões e reproduções de gravações (23,4%) e produtos diversos (18,8%) tiveram alta.
As grandes categorias apresentaram resultados positivos e negativos:
- bens de consumo duráveis (9,1%);
- bens de capital (2,5%);
- bens intermediários (-0,3%); bens de consumo semi e não duráveis (3,1%).