Bancada da sigla tem 14 deputados; Motta já reúne apoio de 11 partidos, que tem 355 deputados
O PSB declarou apoio para o candidato à presidência da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) nesta 3ª feira (5.out.2024). A sigla tem 14 deputados. Outros 10 partidos já embarcaram com Motta –PL, PT, PP, Republicanos, MDB, Podemos, PC do B, PV, PSDB e Cidadania.
O congressista já conta com o apoio de uma bancada de 355 deputados –como o voto é secreto e individual, isso não assegura adesão automática dos integrantes. Para se eleger, o candidato precisa da maioria absoluta de 257 congressistas.
O anúncio foi feito na sede do partido, em Brasília. Além de Motta, estavam presentes o prefeito do Recife e vice-presidente do PSB, João Campos, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), os líderes do PSB e do MDB na Câmara, Gervásio Maia (PB) e Isnaldo Bulhões (AL).
Campos disse que Motta fará uma “grande campanha” como candidato. “Seguindo um grande mandato como presidente da Câmara dos Deputados, trazendo também a força do Nordeste brasileiro, da Paraíba, a força de quem acredita, confia e respeita a política, e a capacidade da juventude de unir, mobilizar e formar uma frente, uma frente muito ampla”, declarou o prefeito do Recife.
O União Brasil, por sua vez, já abriu canal de negociação com Motta. A viabilidade da candidatura de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) foi esvaziada com o apoio crescente ao adversário. Já o PSD manteve a candidatura de Antonio Brito (BA), cujas chances de vitória são mínimas.
As eleições para a presidência da Câmara serão realizadas em fevereiro de 2025.
QUEM É HUGO MOTTA
Motta tem 35 anos. Está no 4º mandato. Foi eleito deputado federal pela 1ª vez em 2010, com 86.150 votos. Elegeu-se aos 21 anos.
Em abril de 2016, à época filiado ao PMDB (hoje MDB), o congressista votou a favor da instauração do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Já na gestão de Michel Temer (MDB), em outubro de 2016, Motta votou favoravelmente à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 de 2016, conhecida como PEC do teto dos gastos públicos.
Em abril de 2017, Motta votou “sim” ao PL (Projeto de Lei) 6.787 de 2016, que estabeleceu a Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017, votou contra a autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir processo criminal contra o então presidente Temer por crime de corrupção passiva.