A análise do Goldman Sachs atribui o crescimento à expansão do mercado de publicidade digital, mas mantém a recomendação de compra em R$ 2,670
O Goldman Sachs estima que o Mercado Livre, empresa mais valiosa da América Latina, tenha uma receita de US$ 4 bilhões até 2028. O número é 4 vezes maior ao esperado para 2024, de US$ 1 bilhão. A projeção foi divulgada nesta 2ª feira (23.set.2024), em relatório para ao Mercado Livre e o público.
O relatório baseia-se na análise de Irma Sgarz e Felipe Rached, do Goldman Sachs. O crescimento é atribuído à expansão do mercado de publicidade digital na região e à habilidade da empresa em aproveitar suas vantagens competitivas.
A análise sugere que o Mercado Livre poderá capturar 3,5% do mercado publicitário latino-americano até 2026. Este aumento reflete o crescimento geral do mercado e a eficácia da estratégia publicitária da empresa.
O Goldman Sachs revisou para cima suas estimativas de receita líquida e EBIT para o Mercado Livre, aumentando-as em média 5% de 2024 a 2026. A recomendação de compra para as ações da empresa foi mantida, com um preço-alvo de US$2,670.
O negócio de publicidade do Mercado Livre é altamente rentável, com margens EBIT estimadas entre 70% e 80%. Em 2023, a receita de anúncios já representava mais de 20% do EBIT consolidado da empresa, com expectativa de aproximar-se de 30% em 2028.
A participação da receita de anúncios no total era de apenas 5% em 2023, mas deve dobrar até 2028. O relatório também destaca o potencial de crescimento dos anúncios na América Latina e a posição do Mercado Livre para se beneficiar da digitalização dos gastos com publicidade.
A empresa domina o mercado de varejo de mídia na América Latina, com cerca de 55% em 2023, e tem uma presença ainda mais forte no Brasil, onde essa participação chega a cerca de 65%.
Apesar das perspectivas positivas, o Goldman Sachs aponta diferenças estruturais que podem limitar a expansão do Mercado Livre no setor de publicidade, como uma menor penetração de mercado em comparação com gigantes como a Amazon e a falta de uma oferta de streaming.
Com informações de Investing Brasil.