Atual presidente da Casa Baixa, o deputado Arthur Lira (PP-AL) também declarou apoio ao nome nesta 3ª feira (29.out)
O Republicanos lançou a candidatura do deputado Hugo Motta (PB) à presidência da Câmara nesta 3ª feira (29.out.2024). O anúncio foi feito na sede do partido, com a presença do presidente da sigla, Marcos Pereira (SP), que abriu mão de sua pré-candidatura para emplacar um nome com menos resistência. A bancada da legenda conta com 44 deputados –em fevereiro, serão 45, quando Robinson Faria (PL-RN) se filiará.
Mais cedo, o presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL), declarou o seu apoio ao deputado paraibano para sucedê-lo no comando. O PP, partido de Lira, deve anunciar seu apoio à Motta ainda nesta 3ª feira (29.out.). Este jornal digital apurou que PL, MDB e PT serão “trabalhados” nesta semana para também declarar apoio ao candidato.
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, condicionou o apoio da sigla, que tem a maior bancada da Câmara, com 92 deputados, ao candidato que se comprometer com a PEC da Anistia –Lira anunciou a criação de uma comissão especial para debater a PEC, o que deve atrasar a análise da proposta na Câmara.
Perguntado sobre a decisão de Lira, Motta disse que os atos extremistas do 8 de Janeiro foram um “episódio triste“, mas que “não é possível permitir que injustiças sejam cometidas com pessoas que receberam condenações acima daquilo que seriam justas“. Disse ainda que “o PL estará ao seu lado“.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para fevereiro de 2025.
QUEM É HUGO MOTTA
Motta tem 35 anos. Está no 4º mandato. Foi eleito deputado federal pela 1ª vez em 2010, com 86.150 votos. Elegeu-se aos 21 anos.
Em abril de 2016, à época filiado ao PMDB (hoje MDB), o congressista votou a favor da instauração do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Já na gestão de Michel Temer (MDB), em outubro de 2016, Motta votou favoravelmente à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241 de 2016, conhecida como PEC do teto dos gastos públicos.
Em abril de 2017, Motta votou “sim” ao PL (Projeto de Lei) 6.787 de 2016, que estabeleceu a Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017, votou contra a autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir processo criminal contra o então presidente Temer por crime de corrupção passiva.