Riscos positivos para o dólar com eleição nos EUA são “moderados”

Dólar

Apesar disso, analistas do UBS dizem que a moeda permanece dentro de bandas de desvio padrão

O dólar está sendo negociado acima de seu valor justo implícito, o que pode indicar um suporte relacionado ao recente aumento das chances de Donald Trump (Partido Republicano) vencer a eleição presidencial de novembro, segundo analistas do UBS.

No entanto, os analistas observaram que o dólar permanece dentro das suas bandas de desvio padrão, o que leva em consideração a volatilidade da moeda. Isso sugere que “qualquer prêmio de risco eleitoral favorável ao dólar ainda é moderado”, afirmam.

No último mês, um índice que compara o dólar a uma cesta de outras moedas subiu mais de 3%.

Esse movimento coincide com mercados de previsões como Kalshi e PredictIt, que mostram Trump como o favorito para vencer nas urnas em 5 de novembro.

Entretanto, essas apostas têm sido questionadas, pois divergem das médias nacionais de pesquisas, que indicam uma leve vantagem de Kamala Harris, a candidata democrata, com apenas duas semanas restantes de campanha.

Ambos os candidatos estão praticamente empatados em diversos Estados decisivos, que são considerados cruciais para o resultado da eleição.

Uma vitória de Trump, que defende cortes de impostos, regras financeiras mais flexíveis e tarifas abrangentes, poderia oferecer algum suporte ao dólar, afirmam analistas.

Por exemplo, sua proposta de impor uma tarifa geral sobre importações nos EUA poderia prejudicar exportadores asiáticos e europeus, levando bancos centrais locais a cortar suas taxas de juros. Isso enfraqueceria essas moedas, fortalecendo o dólar.

Em entrevista à Bloomberg News na semana passada, Trump rejeitou as preocupações de que suas políticas comerciais prejudicariam a economia dos EUA, argumentando que elas, na verdade, ajudariam a “trazer as empresas de volta ao nosso país”.

Além da eleição, analistas citados pela Reuters disseram que o dólar tem sido favorecido pelas expectativas de que bancos centrais no exterior terão que reduzir drasticamente as taxas de juros, uma vez que suas economias não estão crescendo no mesmo ritmo que a dos EUA.

Ao mesmo tempo, ainda há incerteza sobre o ritmo do ciclo de flexibilização de política monetária do Federal Reserve, após o corte de 50 pontos-base na taxa de juros promovido pelo banco central em setembro.


Com informações da Investing Brasil.

Fonte: Poder 360

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