Foto: Robson Valverde Ascom/SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), realiza o I Seminário Estadual de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis nesta terça, 8, e quarta-feira, 9, em Florianópolis. O evento tem como objetivo fortalecer a rede de serviços e instituições dedicadas à vigilância e à assistência das Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT). Também promove a integração e a colaboração entre os diferentes setores, além de discutir estratégias de prevenção e intervenção para seu monitoramento e controle.
O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, destacou a relevância do seminário no momento atual. “É um momento importante para discutir políticas públicas, estratégicas de prevenção e controle das doenças crônicas, que têm acometido muitas pessoas. Além de ser um espaço fundamental para troca de experiências entre profissionais e gestores da saúde, visando a promoção de uma saúde mais eficiente para a população”, explica.
No primeiro dia do seminário foram realizadas quatro oficinas que abordaram temas fundamentais para a vigilância de doenças e agravos. Entre os temas, destacam-se a vigilância do câncer e estratégias para seu monitoramento, vigilância e controle do tabagismo, vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e vigilância da violência no trânsito e suas fontes de informação. No segundo dia, houve palestras e mesas-redondas focadas na vigilância das doenças crônicas não transmissíveis e nos fatores de risco envolvidos, assim como na apresentação de estratégias para seu monitoramento e controle.
“Com o envelhecimento populacional e as mudanças no estilo de vida, o impacto das DANT tem crescido em todo o mundo, o que torna a vigilância dessas doenças uma questão crucial para a manutenção da saúde pública e a redução de desigualdades no acesso à saúde”, destaca Aline Piaceski Arceno, gerente de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis, da Dive.
As DANT representam a maior causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Essas doenças, ainda que não sejam transmitidas de pessoa para pessoa, têm um grande impacto na saúde pública. Entre elas estão doenças crônicas como diabetes, câncer, doenças respiratórias crônicas e doenças cardiovasculares, além de agravos como acidentes e violência.
Somente em 2023, foram registrados 29.387 óbitos por doenças crônicas não transmissíveis em Santa Catarina, dos quais 44,8% ocorreram em consequência de doenças cardiovasculares e 36% de neoplasias. Estes números já somam 21.837 óbitos em 2024 no Estado. Já em relação aos acidentes de trânsito, ocorreram 1.469 óbitos em 2023, sendo 81,5% entre o sexo masculino. Em 2024, estes números já chegam a 1.029 óbitos.
Doenças e Agravos
A vigilância das DANT visa subsidiar estudos com o intuito de promover a redução da mortalidade associada a essas condições, melhorando a qualidade de vida da população, subsidiando políticas públicas focadas na promoção da saúde, diagnóstico precoce e controle de fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada e consumo excessivo de álcool.
Entre as principais atividades da vigilância das DANT estão a coleta de dados epidemiológicos, a análise de indicadores de saúde, a implementação de programas preventivos e o desenvolvimento de campanhas educativas. Esses dados são fundamentais para a elaboração de políticas públicas eficazes, pois permitem entender o comportamento dessas doenças na população e identificar grupos mais vulneráveis. Além disso, a vigilância das DANT abrange a prevenção de agravos relacionados a acidentes e violência, que representam uma carga significativa para o sistema de saúde. Nesse contexto, as ações incluem campanhas de conscientização, iniciativas de segurança no trânsito e a promoção de ambientes mais seguros.
Mais informações:
Daniela Melo
Assessoria de Comunicação
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