Vanderlan Cardoso é o único que aparece competitivo nas pesquisas; Eduardo Girão e Carlos Viana amargam baixa intenção de voto
Senadores que concorrem às eleições municipais de 2024 não têm conseguido converter o capital político em vantagem no pleito deste ano. Os 3 integrantes da Casa Alta que concorrem na cabeça de chapa por prefeituras aparecem numericamente atrás em pesquisas eleitorais.
O Poder360 considerou os levantamentos mais recentes realizados de 9 a 13 de setembro, de empresas de pesquisa relevantes no mercado –Quaest e Datafolha.
VANDERLAN CARDOSO
O mais bem colocado é Vanderlan Cardoso (PSD-GO) que aparece num empate técnico triplo com outros 2 candidatos pela disputa pelo comando de Goiânia (GO). Ele tem 19% das intenções de voto, o mesmo que Sandro Mabel (União Brasil). Os 2, porém, estão numericamente atrás de Adriana Accorsi (PT), com 22%. Os dados são da última pesquisa Quaest, divulgada em 3 de setembro.
Vanderlan é presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), uma das mais importantes do Senado, e que será responsável, por exemplo, por comandar a sabatina do indicado ao comando do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo.
O senador de 61 anos tem experiência no Executivo. Foi prefeito de Senador Canedo (GO) por 2 mandatos, de 2005 a 2010. Foi eleito senador em 2018, como o mais votado de Goiás naquele pleito, com 1.729.637 do votos.
O resultado, no entanto, não acarretou a popularidade suficiente para comandar a capital goiana. Perdeu para Maguito Vilela (MDB) no 2º turno em 2020.
CARLOS VIANA
Carlos Viana (Podemos-MG) se licenciou de sua cadeira no Senado em julho para se concentrar na campanha eleitoral de Belo Horizonte (MG). Até agora, o esforço não trouxe resultados.
Ele apareceu em 6º lugar na pesquisa Quaest divulgada em 11 de setembro, com 4% das intenções de voto. O 1º colocado, Mauro Tramonte (Republicanos), pontua 27%.
Viana está atrás de colegas congressistas, como os deputados federais Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT).
Antes de se lançar à política, Viana fez carreira como jornalista em Minas Gerais. Em 2020, tentou ser governador do Estado, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas teve 7% dos votos válidos e perdeu para Romeu Zema (Novo).
EDUARDO GIRÃO
Eduardo Girão (Novo-CE), que ganhou destaque durante o governo Bolsonaro, corre por fora na disputa para a Prefeitura de Fortaleza (CE). Ele injetou R$ 300 mil de seu próprio bolso para alavancar sua campanha.
O senador aparece com 2% das intenções de voto, muito atrás do pelotão liderado por Capitão Wagner (União Brasil), que tem 23%. A pesquisa foi divulgada em 13 de setembro pelo Datafolha.
METODOLOGIAS
Leia abaixo as metodologias das pesquisas mencionadas nesta reportagem:
- Goiânia: A pesquisa foi realizada pela Quaest de 31 de agosto a 2 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 900 pessoas com 16 anos ou mais em Goiânia (GO). O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº GO-00762/2024. Segundo a Quaest, o custo do estudo foi de R$ 65.250. O valor foi pago pela TV Anhanguera;
- Belo Horizonte: A pesquisa foi realizada pela Quaest de 8 a 10 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 1.002 pessoas com 16 anos ou mais em Belo Horizonte. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE sob o nº MG-08280/2024. Segundo a empresa que fez o levantamento, a pesquisa custou R$ 90.181 e foi contratada pela TV Globo;
- Fortaleza: A pesquisa foi realizada pela Datafolha de 7 a 13 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 826 pessoas com 16 anos ou mais em Fortaleza (CE). O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE sob o nº CE-07203/2024. Segundo o Datafolha, o custo do estudo foi de R$ 76.630,00. O valor foi pago pelo Jornal O Povo.