Para o ministro Gilmar Mendes, o ex-ministro da Casa Civil não teve um julgamento justo por causa de Moro, ex-juiz da Lava Jato
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticaram nesta 3ª feira (29.out.2024) a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes de anular as condenações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) na Lava Jato. Moro e Dallagnol trabalharam na operação como juiz e procurador, respectivamente.
O ministro estendeu os efeitos da decisão da Corte que considerou Moro suspeito em processos que envolvem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Gilmar Mendes afirma que há indícios de que o ex-juiz federal tenha atuado com “motivação política e interesse pessoal” para atingir o PT (Partido dos Trabalhadores) quando era titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Sergio Moro disse em seu perfil no X (ex-Twitter) que não existe base convincente para a anulação da condenação de Dirceu. “Todos esses magistrados estavam de conluio? Um conluio do qual não há registro ou prova, apenas uma fantasia!”, declarou, ao mencionar que o ex-ministro da Casa Civil também foi condenado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Para o senador, “o combate à corrupção foi esvaziado no Brasil sob a benção do governo Lula e PT”.
Já Dallagnol declarou: “Dirceu está, agora, livre, leve e solto”. O ex-procurador da Lava Jato afirmou que enquanto o ex-ministro da Casa Civil retoma seus direitos políticos e é “blindado” por Gilmar Mendes, os extremistas do 8 de Janeiro seguem presos por ordem de Alexandre de Moraes, ministro do STF.
O ex-congressista ainda disse que graças ao Supremo, o projeto de “‘recivilizar’ o Brasil está indo de vento em popa”.