Imagem: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Depois de uma decisão do Governo do Estado de Roraima proibindo o uso da linguagem neutra em sala de aula e, também, em documentos escolares como livros didáticos, o Superior Tribunal Federal formou maioria para derrubar a decisão Estadual e avalizar nacionalmente o uso da linguagem neutra em escolas.
O ministro Edson Fachin, relator da pauta, foi acompanhado por Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso (até o momento do fechamento desta matéria). Nos julgamentos virtuais, os ministros do STF apenas depositam seus votos em um ambiente digital, sem a necessidade de fazer a sustentação oral, e também não há transmissão na TV Justiça.
A linguagem neutra, também conhecida como linguagem não binária, evita o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino), com o intuito de tornar a comunicação mais inclusiva e menos sexista. Nessa linguagem, os artigos feminino e masculino, como “a” e “o”, são substituídos por um “x”, “e” ou “@”. A palavra “todos” ou “todas”, por exemplo, na linguagem neutra é escrita “todes”, “todxs” ou “tod@s”. Há quem defenda, ainda, o uso do termo “elu” (no lugar de “ele” ou “ela”) para se referir a qualquer um, independentemente do gênero.