Trump empilha aliados e dá forma ao novo governo; confira os nomes já anunciados pelo republicano – Mundo – CartaCapital

Donald Trump só tomará posse para o seu segundo mandato nos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2025, mas o futuro governo do republicano começa a tomar forma. Desde que foi eleito, na semana passada, o sucessor de Joe Biden começou a distribuir cargos para aliados próximos, dando sinais importantes sobre o perfil que sua próxima gestão deverá adotar.

O primeiro nome anunciado por Trump foi o de Susie Wiles, que será chefe de gabinete do presidente. Wiles tem uma longa história de ligação com o Partido Republicano, tendo trabalhado na campanha que elegeu Ronald Reagan, ainda em 1980. Ela também atuou na primeira campanha de Trump à presidência, em 2016.

Quem também deverá trabalhar próximo a Trump será William McGinley, que será o conselheiro da Casa Branca. No primeiro mandato do republicano, ele foi secretário de gabinete da Casa Branca. McGinley é um nome forte do Partido Republicano, já tendo sido conselheiro do Comitê Nacional Republicano no Senado.

Na lista dos que deverão estar próximos ao próximo presidente está também Stephen Miller, que será vice-chefe de governo para a política. Foi ele, por exemplo, o idealizador na proposta de construir um muro separando os EUA e o México, que nunca foi concretizada.

Outro nome de peso do futuro governo deverá ser Tom Homan, que deverá cuidar da fiscalização das fronteiras dos EUA com o México e o Canadá. O combate à imigração ilegal foi um dos motores do discurso de campanha de Trump, ganhando força entre apoiadores que atribuem aos imigrantes a perda da empregabilidade no país. Homan, conhecido como “czar da fronteiras”, foi diretor do departamento de Imigração e Alfândega no primeiro mandato de Trump.

O nome do futuro Secretário de Estado dos EUA ainda não foi oficialmente confirmado, mas a imprensa norte-americana garante que o cargo será ocupado por Marco Rubio. Crítico de longa data dos adversários dos EUA – China e Irã, principalmente -, Rubio é senador e tradicional defensor da ideia de que o país promova uma política externa mais dura.

Defesa externa e interna

Ainda no plano geopolítico, quem vai compor o governo Trump é Michael Waltz, que será conselheiro de Segurança Nacional. Crítico da China, ele deverá lidar com dois pontos cruciais no plano internacional: a guerra Rússia-Ucrânia e o conflito no Oriente Médio.

Para dentro das suas fronteiras, o Departamento de Segurança será dirigido por Kristi Noem. Próxima a Trump, ela vai chefiar a pasta que cuida de ameaças às segurança do país, tema que envolve, também, a migração. Ao ser anunciada, ela garante que vai trabalhar em “estreita colaboração com o chefe de fronteiras Tom Homam”. 

O Secretário de Defesa dos EUA no segundo governo Trump será Pete Hegseth. Veterano do Exército, ele já foi apresentador da Fox News, o principal meio de televisão a apoiar a empreitada trumpista. Ao anunciá-lo, Trump definiu Hegseth como “forte, inteligente e um verdadeiro defensor do America First“.

Em meio às incertezas sobre qual será o papel do futuro governo Trump na crise climática atual, o republicano anunciou Lee Zeldin como chefe da Agência de Proteção Ambiental. A expectativa é que Zeldin ponha fim a regulações ambientais no país, embora garanta que tentará manter padrões ambientais na indústria.

O empresário Elon Musk, um dos principais fiadores da campanha de Trump, também ganhou um cargo no futuro governo. Ao lado de Vivek Ramaswamy, ele vai liderar o Departamento de Eficiência do Governo, um cargo inédito na estrutura administrativa da presidência. Segundo Trump, o departamento vai funcionar até 4 julho – data da independência dos EUA – de 2026.

Na CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, o próximo diretor será John Ratcliffe. Republicano do Texas, ele foi diretor da agência durante o primeiro mandato de Trump. À época, Ratcliffe recebeu críticas por, supostamente, utilizar o cargo para atacar opositores de Trump.

Relações diplomáticas

Trump já definiu os nomes para três cargos importantes na esfera diplomática: a embaixada dos EUA em Israel, a embaixada norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), e a representação no Oriente Médio.

O embaixador dos EUA em Israel será Mike Huckabee. Ex-governador do Arkansas, Huckabee é um republicano conservador de posição anti-aborto e contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em relação ao país governado por Benjamin Netanyahu, ele já defendeu que os EUA não devem atuar para que Israel seja mais moderado na sua conduta no Oriente Médio.

Na ONU, a representante dos EUA será Elise Stefanik. Atual deputada pelo Partido Republicana, ela é um dos nomes mais próximos a Trump e vem criticando a própria ONU. Stefanik vem defendendo as ações de Israel no Oriente Médio, ignorando críticas aos casos de desrespeito aos direitos humanos. Para chegar ao cargo, ela ainda deverá ser aprovada pelo Senado.

No Oriente Médio, o enviado especial dos EUA será Steven Charles Witkoff, um empresário do setor imobiliário. Trump o descreve como um “líder muito respeitado nos negócios e na filantropia, que fortaleceu e prosperou cada projeto e comunidade em que esteve envolvido”.

Fonte: Terra

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