Volkswagen avalia fechar fábricas na Alemanha

Fábrica da Volkswagen

Se a ideia sair do papel, será o 1º fechamento da montadora em seu país natal desde que foi fundada, há 87 anos

A Volkswagen informou na 2ª feira (2.set.2024) que está considerando fechar duas fábricas na Alemanha. Se a ação se concretizar, serão os primeiros fechamentos da montadora em seu país natal em seus 87 anos de história.

A princípio, a montadora disse que considera encerrar “pelo menos uma fábrica maior de veículos e uma fábrica de componentes na Alemanha”. Segundo Oliver Blume, presidente-executivo da Volkswagen, “a situação é extremamente tensa e não pode ser resolvida por meio de medidas simples de corte de custos”.

O objetivo da companhia é economizar 10 bilhões de euros até 2026. Acordos com sindicatos previam a aposentadoria antecipada dos trabalhadores, mas não haveria demissões. Porém, de acordo com Blume, a medida seria “insuficiente para alcançar os ajustes estruturais urgentemente necessários para uma maior competitividade no curto prazo”.

A Volkswagen afirmou que, assim como demais montadoras europeias, está encontrando dificuldades para fazer a transição do motor a combustão para o elétrico de forma sustentável, considerando a concorrência com a China.

A indústria automotiva europeia está em uma situação muito exigente e séria. A Alemanha, em particular, como local de fabricação, está ficando cada vez mais para trás em termos de competitividade. Nesse ambiente, nós, como empresa, devemos agora agir de forma decisiva”, afirmou o líder da companhia.

A participação da Volkswagen no mercado chinês, que é seu maior mercado, encolheu à medida que rivais domésticos lançaram carros elétricos acessíveis.

As marcas chinesas também estão se espalhando pela Europa. Em resposta, a UE (União Europeia) anunciou tarifas sobre importações de carros elétricos da China que chegam a 37,6%. O bloco argumenta que subsídios estatais tornam a concorrência injusta.

Ao mesmo tempo, a economia da Alemanha tem patinado nos últimos 2 anos, impactando a indústria automobilística, que precisa de investimentos para fabricar carros elétricos.


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Fonte: Poder 360

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